domingo, 8 de agosto de 2010

O MUNDO IMAGINÁRIO DO DR. PARNASSUS


Acabei de voltar do cinema. Sempre penso que o cara que faz um tipo de roteiro como esses só pode estar totalmente tomado pelo ácido. De onde ele pode tirar tanta fantasia? Ou então é um cara que consegue atingir o inconsciente com uma habilidade incrível. Ou as duas coisas.

Uma curiosidade é que o ator escolhido para o papel de Tony foi o australiano Heath Ledger, que no meio das filmagens foi encontrado morto em seu apartamento. Causa mortis: overdose de remédios. Em seu lugar, entraram três atores: Johnny Depp, Judy Law e Collin Farrel. Interessante que eles ofereceram seus cachês para a filha de Heath, Matilda.

Quando li a crítica, achei que fosse mais um Alice no País das Maravilhas. E estava certo, pois o tal mundo imaginário ocorre na passagem pelo espelho e lá todas as nossas imaginações e fantasias tornam-se realidade. É um autêntico mergulho no inconsciente. Na verdade o mundo imaginário não é do dr. Parnassus, mas de quem entra pelo espelho, embora o dr. tenha que estar em transe para que tudo dê certo.

A história é permeada pelo dr. Parnassus (Christopher Plummer) e suas apostas com o diabo, sr. Nick (Tom Waits). O primeiro havia ganho a vida eterna após negociar com o diabo que assim que tivesse um filho, este pertenceria ao diabo, quando completasse 16 anos, o que estava para acontecer com sua filha Valentina (Lily Cole). A partir disso, o desenlace do filme.

O intrigante, além de um roteiro extremamente fantástico, é o espelho como algo que nos leva ao (des)conhecido, aquilo que está no mais íntimo do nosso âmago, se é que isso não é cair em redundância. O espelho que esconde nossas fantasias e que nos mostra apenas aquilo que queremos ver. Ou nos mostra tudo e desviamos nosso olhar para não ver.

Enfim, um filme que vale à pena não só assistir, porque além de diversão, é pura reflexão.

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