VOLANTES - MAÇÃ

Depois de um tempo afastado, não por falta de inspiração ou do que falar, mas por falta de tempo mesmo, volto ao blog, por um grande motivo.

Volantes (aqui sobre o show em Curitiba em abril, na primeira turnê fora do Rio Grande) é aquela banda que está desabrochando para o sucesso e que em breve o Brasil inteiro conhecerá. Das bandas dessa década é a que mais promete. A mais New Order das bandas brasileiras estão galgando ao estrelato, devagarinho, passo a passo, degrau por degrau. Nada de sucesso efêmero; primeiro foram as músicas pré EP, que dá para baixar no Trama Virtual, depois o EP (aqui algumas informações) que demorou muito para sair, mas a espera valeu à pena. E agora, estreiaram o primeiro clipe na MTV, o canal musical. Os passos têm rumo certo.

Conheça mais da banda no myspace.

Abaixo o clipe e a letra da música. Curtam, divirtam-se e votem no site da MTV para tocar no top 10.



MAÇÃ

Estou abrindo mão
Por tanto tempo eu quis
Mas não sei por que razão não foi tão bom quanto se diz
Por aí
Vai ser fácil ver
Volta e meia algum deslize onde eu enxergue você
E pra ti
Tão difícil eu sei
Se já vinha em passos brandos
a tendência é que vá ser

Por um caminho longo
O dia inteiro pra chegar do outro lado da rua
E devolver suas coisas
Não quero nada que faça lembrar

Eterna briga pra esquecer
Por mais clichê que seja
O tempo vai dar conta e desfazer

Os nós mais apertados
Hábitos de cada manhã
Em que o calor vinha do lado
Já com gosto de maçã

Me diz por qual caminho
Você vai passar
Pra eu desviar
Eu quero andar sozinho

GUI, GUILE, GUIMBINHA, GUILHERME

Meu bebezinho, gorducho, gordelícia, fofão, bochechudo... esse é o meu gurizinho, um amor, carinhoso, mas chato, muito chato.

Falando em chato, lembro de uma palavra que aprendi com uma amiga dos tempos de Primo Ferreira, a Thais: chacripentolha, que significa chato, cricri, petelho e bolha. Mas o Gui não é isso. Só chato e pentelho. Outra coisa que me lembrei, da professora Carminha de Português da 5ª série, no Dino Bueno, que inventou uma palavra para que gravássemos os principais verbos de ligação: serespapefiancon (ser, estar, parecer, permanenecer, ficar, andar e continuar.

Mas dizia do meu Gui, a coisa mais fofa do mundo, esse guri que tem as bochechas mais gostosas de morder e de beijar, mesmo com seus protestos e reclamações quando eu pego ele para dar umas mordidinhas e umas beijocas. Ele é lindo. Dizem que é parecido comigo...

O Gui nasceu no amanhecer de uma 5ª feira, do dia 03 de junho de 1998, depois de dar um trabalho danado para a mãe dele. Nasceu cabeludo, para alívio do irmão, que estava preocupado com o terrorismo que o tio Fábio fazia, ao dizer que se o Gui nascesse careca ele ficaria também careca.


Dia 3 de junho, um dia antes da independência dos EUA. Nascido a 3 de julho. Eram próximo das 6 horas, quando finalmente ele resolveu sair do útero. Não queria não, acho que preferia continuar lá dentro, sem ter que tomar banho, escovar os dentes, ir para escola, arrumar o quarto... sem precisar comer... não, comer ele adora, é um comilão.

Grande Guilão, parabéns pelos 12 anos, nós te amamos muito! Que Deus te acompanhe nos teus passos e nós estaremos sempre ao teu lado, para te apoiar, te ajudar, te aplaudir; e puxar a orelha quando necessário.

CARPE DIEM

"Tu não procures - não é lícito saber - qual
sorte a mim qual a ti os deuses tenham dado,
Leuconoe, e as cabalas babiloneses
não investigues. Quão melhor é viver
aquilo que será, sejam muitos os invernos
que Júpiter te atribuiu,ou seja o último
este, que contra a rocha extenua o Tirreno:
sê sábia, filtra o vinho e encurta a esperança,
pois a vida é breve. Enquanto falamos,
terá fugido ávido o tempo: Colhe o instante,
sem confiar no amanhã".

Trecho de "Odes" (I,, 11.8) do poeta romano Horácio (65 - 8 AC),

Aproveitar o momento ao máximo não significa que esteja pregando o hedonismo, a corrente filosófica que tem como doutrina o prazer acima de tudo. Muito pelo contrário, aproveitar ao máximo o momento é viver intensamente as emoções, a tristeza e a alegria, o prazer e o desprazer, como forma de amadurecer e crescer não só emocionalmente, mas também como pessoa, como ser humano, capaz de elaborar suas angústias e sofrimentos.

P.S.: o trecho do filme A Sociedade dos Poetas Mortos que assisti pela primeira vez em uma noite dessas entediantes de meio de semana, no cinema, em Santos, lá pelo final dos anos 80, com meu amigo Zé Renato, que marcou a minha vida. Um dos melhores filmes que já assisti.

VIDA PASSAGEIRA II

Então à música do Ira! uma das melhores bandas do rock nacional de todos os tempos. Me passa agora pela cabeça, nos anos 80, ainda quando o Chacrinha era vivo e tinha um programa na Rede Globo, no especial de natal, quando todos as bandas íam se apresentar no programa e tinham que tocar com um gorrinho de papai noel e o Ira! se recusou, alegando que não eram palhaços para fazer isso, que eram sérios, algo assim. Com a recusa, foram cortados do programa. Bons tempos de ideologia. Bons tempos em que programas populares tocavam rock! O bom e velho rock 'n' roll! A boa e velha década de 80 sob a ótica de um saudosista!

Do alto da montanha
Ou em um cavalo
Em verde vale
E tendo o poder de levitar...

É como em
Um comercial de cigarros
Que a verdade
Se esquece como os tragos
Sonho difícil de acordar...

Quando seus amigos
Te surpreendem
Deixando a vida de repente
E não se quer acreditar...

Mas essa vida é passageira
Chorar eu sei que é besteira
Mas meu amigo!
Não dá prá segurar...

Não dá prá segurar
Não dá prá segurar
Não dá prá segurar
Desculpe meu amigo
Mas não dá prá segurar...

Vou dar então um passeio
Pelas praias da Bahia
Onde a lua se parece
Com a bandeira da Turquia...

É o planeta inteiro
Que respira
Sinais de vida
Em cada esquina
Tanta gente que se anima...

É quando seus amigos
Te surpreendem
Deixando a vida de repente
E não se quer acreditar...

Mas essa vida é passageira
Chorar eu sei que é besteira
Mas meu amigo!
Não dá prá segurar...

Não dá prá segurar
Não dá prá segurar
Não dá prá segurar
Desculpe meu amigo
Mas não dá prá segurar...

VIDA PASSAGEIRA

Hoje eu tive um pesadelo e no sonho estava chorando por perder uma pessoa especial, um grande amigo; durante o sonho eu chorava e pedia para que esse amigo olhasse, lá do céu, por todos nós. Estávamos eu e o Gui, em um jipe, no meio de uma estrada de terra, cheia de curvas. Eu chorava e dizia para o Gui que ele tinha morrido. Então acordei e vi que o Gui dormia com a televisão ligada e a luz idem, para variar.

E então veio a música que dá nome ao post à cabeça, do Ira!. A vida é muito fulgaz e não dá para ficar guardando mágoas e fazendo picuinhas; não dá para esquecer das coisas que passamos, das pessoas que passam por nós e que por qualquer que seja o motivo, dá algum significado para nossas vidas ou não, mas que nos liga por laços emocionais inexplicáveis (aparentemente ao menos); essa coisa de fechar a cara para os outros é mesquinho. Não dá para ter esse comportamento. Não, não dá!

Acredito muito no que vou escrever: aproveite ao máximo a vida, a todos ao redor, olhe para o teu irmão e aproveite-o o máximo, teus pais, teus amigos e inimigos idem. Amanhã poderá ser tarde demais. Para quê serve a vida se não aproveitarmos cada momento com as pessoas que amamos ou mesmo que odiamos? Se odiamos é porque significam algo para nós. Amor e ódio estão muito próximos.

"É o planeta inteiro
Que respira
Sinais de vida
Em cada esquina
Tanta gente que se anima...

É quando seus amigos
Te surpreendem
Deixando a vida de repente
E não se quer acreditar..."

Muitas vezes, exalando vida ao redor, não nos damos conta de que ela esvai pelas nossas mãos, e que a cada dia estamos morrendo um pouco e tudo ao nosso redor está de certa forma morrendo, sejam as horas, os dias, as semanas, os meses, os relacionamentos, os casamentos, as amizades... e com a vida corrida que levamos não conseguimos notar o quanto ela é passageira. Por isso, meu caro, carpe diem, que a vida é passageira. Quando menos esperarmos, lá se foi e não aproveitamos o quanto deveríamos, com todas as pessoas que amamos.

Não deixem que teus amigos te surpreendam e deixem a vida sem que estejam esperando.

Melancólico ou não, é a realidade.