domingo, 27 de junho de 2010

DUNGA E A POLÊMICA COM O JORNALISTA ALEX ESCOBAR


Se falou muito do xingamento de Dunga na entrevista coletiva após a partida com a Costa do Marfim, ao jornalista Alex Escobar da Rede Globo. Mas há um esclarecimento a ser feito. Antes de responder a um questionamento, Dunga percebeu o jornalista que fazia um link com o programa Fantástico, perguntou se havia algum problema e na negativa do jornalista disse baixinho: - Besta, burro, cagão; o microfone pegou os xingamentos do técnico.

Obviamente que Dunga foi achincalhado por toda a mídia e até uma punição para o técnico da seleção canarinho por parte da Fifa foi cogitada. Porém, o que está por trás disso é que a emissora havia negociado uma entrevista exclusiva com o presidente da CBF Ricardo Teixeira, que teriam Dunga e mais 3 jogadores, entre eles Luis Fabiano.

Outro incidente que não foi ao ar e não foi comentado, foi quando a jornalista Fátima Bernardes, da mesma emissora, estava invadindo a concentração brasileira e ao ser barrada por Dunga tentou o carteiraço informando que tinha autorização do presidente da CBF. O técnico teria dito que se a CBF e seu presidente insistisse com isso ele entregaria o comando da seleção para a jornalista.

Justiça seja feita, Dunga vetou a entrevista exclusiva, esclarecendo que todas as emissoras teriam direito de participar de uma entrevista com seus comandados. Dessa forma ele não só bateu de frente com a toda poderosa Rede Globo, como também com o não menos poderoso sr. Ricardo Teixeira, presidente/dono da Confederação Brasileira de Futebol.

JUVENTUDE PERDIDA


Juventude transviada é um filme dos anos 50, com James Jean, que se não me falha a memória, é o segundo filme de sua carreira curta e promissora, ceifada por uma morte trágica em um acidente automobilístico. O filme conta o vazio existencial da juventude americana dos anos 50, a rebeldia dos jovens.

Lembrei disso na mesa do almoço desse domingo. Estávamos almoçando e o Tety contando as peripécias de seus amigos adolescentes. E das duas uma: ou estou realmente ficando velho, (o que pe fato) um tiozão careta e conservador ou o fim do mundo está próximo... até mesmo as duas coisas.

Tenho contado histórias da minha adolescência aqui no blog e achava que éramos uma geração perdida, uma juventude perdida, enfim, que o fim do mundo estava próximo no final dos anos 80, que éramos muito descolados. Mas não é nada disso não. Muito ainda tem pela frente para os jovens nos surpreender. Para o bem e para o mal.

As festas e as badaladas dessa gurizada estão cada vez mais precocemente regadas a bebidas, drogas e sexo. Ontem o Tety estava em um churrasco onde a galera consumia maconha como se fosse coca cola na minha época. Bebida alcóolica é água, mais fácil que comprar chiclete na padaria ou bar da esquina, não há fiscalização; drogas pesadas, como cocaína e ácido também fazem parte do cardápio; tem gurias que trocam sexo por cocaína, geralmente com os fornecedores desta. Idade? Na faixa dos 16 anos. Com falsificações que beiram o grotesco de documentos de identidade conseguem entrar em festas onde o consumo de bebidas é livre.

Se fosse isso... outro dia um amigo estava de pé parado, na rua, e ao se aproximar percebeu que uma guria (de 14 anos, pasmem!) estava fazendo sexo oral nele. E mesmo com o Tety se aproximando, ela não parou, ainda disse que se contassem para o namorado dela estariam perdidos.

Ontem também houve uma certa cervejada dos alunos de uma certa universidade particular de Londrina. Cervejada. Entretanto, muitos dos seus amigos, todos menores de idade, frequentaram essa festa.

Nessas histórias de sexo, drogas e rock and roll... para essa gurizada precoce, falta o rock.

sábado, 26 de junho de 2010

CONCURSO LITERÁRIO NO TWITTER


Parece brincadeira, mas rolou um concurso literário no twitter, promovido pela ABL (Academia Brasileira de Letras). Como escrever uma história em 140 caracteres? Vai ter capacidade de síntese lá na putaqueopariu! Mas é um exercício interessante. Num mundo tão superficial em que vivemos, que o twitter caiu na graça de todos, nada mais natural que os intelectuais também entrassem na onda. Em 140 caracteres não consigo fazer um cabeçalho... humpf.

Aberto em março/ abril desse ano, o concurso recebeu mais de 2000 inscrições e premiará os 3 melhores microcontos com os seguintes critérios: o uso correto das normas gramaticais, coesão e ortografia.

Além de terem seu conto divulgado no portal da ABL e no Abletras, o primeiro lugar ganhará um Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP); o segundo lugar ganhará um minidicionário escolar da Academia Brasileira de Letras e o terceiro um minidicionário da Língua Portuguesa do professor e acadêmico Evanildo Bechara, com as devidas atualizações do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

O resultado sai no dia 01 de julho.

Vou começar a me exercitar no meu twitter, embora eu não seja muito assíduo lá, com alguma histórinha.

DELICIOUS DEMON E SICK FOR TOYS

Não resisti e posto outra música do Sugarcubes. É viciante, comece a escutar e comprove. Fazia muito tempo que eu não escutava. Ontem estava na Unopar, corrigindo provas e lcom alguns dvd's contendo inúmeras músicas a tiracolo, muitos clássicos e algumas raridades (se é que dá para se falar nisso na era do download), que baixei quando morava em Caiobá, conexão discada (nossa, cada disco baixado era uma vitória). Tenho uma pilha de dvd's assim, é música que não acaba mais, para escutar tudo levaria dias, talvez semanas, meses...

Mas vamos ao que interessa, as músicas Delicious Demon e Sick For Toys, são canções com letras aparentemente tolas, mas carregadas de mensagens subliminares. O Sugarcubes tem uma conotação sexual. Björk era angelical e ao mesmo tempo passava uma imagem sensual. Angelical e sensual. Sempre houve uma certa dubiedade na banda. As vozes se sobrepondo (Einar e Björk) são uma pista. Em todas as canções é possível verificar isso e nas duas que posto em um vídeo apenas, não é diferente.

Delicious Demon é aquela música deliciosa, com uma voz suave, que traz paz e de repente salta e vai da suavidade para a força, sem perder a qualidade vocal, além da levada de guitarra contagiante. Sick For Toys não fica para trás e apresenta uma voz (Einar), ansiosa, beirando a neurose e a suavidade da Björk ao fundo, que ajuda a manter o equilíbrio. Mas no refrão se solta e ganha força, um êxtase delicioso (ok, é uma hipérbole, redundância, mas Sugarcubes é isso).

Confira abaixo:



Delisos Demônio

Uma pessoa chama outra para derramar a água,
porque precisa de duas pessoas para derramar a água,
para arar também precisa de dois,
mas somente uma paraficar olhando o céu.
Uma toca harpa, bate na pedra como uma vara,
se torna ao menos um padre, um delicioso demônio.
Dois homens precisam de um dinheiro, um dinheiro não precisa de nenhum homem,
um é no joelho de um, perde a cabeça de um,
exceto talvez um delicioso demônio,
então um não é mais, tão delicioso!


Doente Por Brinquedos

Esta garota, eu a conheço é doente por brinquedos.
Ela precisa de um brinquedo novo
ela está cansada dos seus brinquedos velhos.
Ela tem uma casa grande cheia de brinquedos velhos,
o que ela pode fazer?
Ela dispõe de seus brinquedos velhos e
em um pequeno jardim ela encontra um garotinho.
Ela sorri, ela esta feliz,
achou seu novo brinquedo, um garotinho.
Ela usa o novo brinquedo para assistir seu pente seu cabelo,
Todo o dia, toda a noite
no fim ela cai exausta adormecida,
o garoto corta todo o seu cabelo, ela estava careca,
ela pode não ser agora doente por brinquedos...

SUGARCUBES II - DEUS E BLUE EYED POP

Duas músicas maravilhosas da banda. A primeira trata do maior hit da banda, Deus. Embora causasse enstranheza que uma banda da Islândia tivesse o nome de uma música em latim, e não em inglês ou o equivalente em islandês.



Deus

deus não existe.
mas se ele existisse,
ele viveria no céu acima de mim,
em uma nuvem grande e gorda lá em cima.
ele é mais branco que o branco e mais limpo que o limpo.
ele quer me alcançar.

deus não existe
mas se ele existisse eu sempre o notaria.
se preparando em seu quarto aéreo.
ele está escolhendo suas luvas tão brutalmente.
ele quer me tocar.
estou andando humildemente por uma rua estreita.
puxando meu colarinho que cresce.
eu o conheci uma vez.
realmente me surpreendeu.
ele me colocou em uma banheira.
me deixou melodicamente limpo. realmente limpo.

para criar um universo você precisa
provar o fruto proibido.
ele disse oi. eu disse oi. eu continuei limpo.

Deus não existe.
mas se ele existisse ele gostaria de descer daquela nuvem.
primeiro dedos de marzipan do que mãos de mármore.
mais silencioso do que o silencio e mais lento que a lentidão.
mergulhando em minha direção. meu colarinho é sala imensa para duas mãos,
elas começam no peito e se movem lentamente para baixo.
eu pensei que já tinha visto de tudo.
ele não era branco e fofo.
ele tinha costeletas.
ele tinha costeletas. e um topete.
ele disse oi. eu disse oi. eu continuei limpo. eu estava melodicamente limpo.
eu estava surpreso.
do mesmo jeito que você iria ficar.

deus deus. ele não existe. deus deus.

E Blue Eyed Pop, que escolhi por ser uma das mais legais do disco, apesar que o disco está recheado de músicas fantásticas.



isto é blue eyed pop
é fabuloso
ir rebolando,
dançando, na batida
com o som da pancada
de mil armadilhas,
depois de dançar nós
todos sedentos por um
cachorro quente temperado com barulho,
enfileire e vomite
então volte para casa para nosso
ninho de amor, eu preciso dizer mais.
oh! este blue eyed pop é puro êxtase.
isto é pura diversão,
todo mundo está tão perto
para rir, este tipo
de alegria não vai durar,
alguma coisa maravilhosa
vai acontecer.
me sinto perfeitamente pronta
não sei ainda
o que é isso, vou olhar
aqui dentro desta discoteca,
isto é tão quente quente,
nós fundimos juntos como
tigres e nós estamos
dançando juntos.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

THE SUGARCUBES


Sugarcubes era a banda da islandesa Bjork, hoje conhecida como ícone do experimentalismo na música. No final dos 80's lançaram Life's Too Good, um disco aclamado pela crítica, avante do seu tempo, com uma sonoridade diferente, tão diferente quando seu gélido país de origem. Era mais uma banda experimental, mas com uma música próxima do pop, que apesar de não ter atingido o grande público no Brasil, tornou-se cultuada no underground, uma cult band, mas sendo aclamada pela crítica, tanto pela sonoridade da cantora Björk quanto pelo trumpete de Einar.

A banda era formada por caras com nomes tão estranhos quanto a sonoridade de suas composições:

Björk Guðmundsdóttir (vocais)
Sigtryggur Baldursson (bateria)
Einar Örn Benediktsson (vocal, trompete)
Einar Melax (teclado)
Þór Eldon (guitarra)
Bragi Ólafsson (baixo)
Margrét Örnólfsdóttir (teclado)

Difícil é pronunciar o nome dessa galera.

O Sugarcubes gravou 4 discos no seu curto tempo de vida (de 1986 à 1992):

Life's Too Good (1988)
Here Today, Tomorrow Next Week! (1989)
Stick Around For Joy (1992)
It's-It (1992)

Algumas curiosidades:
  • Björk foi casada com o guitarrista da banda, Thor (Þór Eldon), separando-se em 1989, sendo que este casou-se com a tecladista da banda Magga Ornolfsdottir.
  • Björk é uma grande fã de música brasileira, Elis Regina e Milton Nascimento, especialmente, porém a música "Regina" nada tem a ver com a cantora brasileira, que foi homenageada, anos depois, em "Isobel".
  • em 1990 o presidente da França François Mitterand em visita á Islândia quebrou o protocolo, ao invés de ir a um jantar com o Ministro da Cultura islandes da época Jacques Lang preferiu ir a um show da banda.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

OBRA PRIMA


"Hoje acordei, cansado demais p'rá pensar em você
Olhei no espelho e parecia mais velho
(parecia mais velho)
A barba que há muito tempo eu não fazia
Crescia a cada dia mais
(a cada dia mais)"

Assim iniciava uma música que fiz na minha fase dark. Nessa fase, minha banda chamava Frankstein Boys (bem antes do Forgotten Boys) e era um projeto paralelo ao Mayday. A idéia era uma música com sonoridade sombria, cheia de climas de teclados, algo como, sombrio como Joy Division e Sister Of Mercy, algo próximo a Tom Waits, claro que sem a voz cavernosa. Mas não foi muito para frente, eu na guitarra e o Branco no baixo, mas o nome era muito boy band e desistimos da idéia, embora tenha escrito diversas canções para esse projeto, na época.


A letra dessa música foi baseada em In Between Days, do Cure:

"Ontem eu fiquei tão velho,
Eu me sentia como se pudesse morrer..."

depois da primeira madrugada em claro na rua, que citei aqui. Acabou ficando tão melancólica quanto, mas obviamente não com a mesma beleza da canção de Robert Smith.

Essa coisa de inspiração me faz lembrar de um espisódio muito engraçado. Em uma tarde qualquer de sábado estávamos curtindo uma sonzeira na casa do Branco, como sempre fazíamos, porque além dele ter o melhor som da galera, não podia sair de casa, então ficávamos enfurnados no quarto dele. Às vezes rolava um lanchinho (bem às vezes, rsrsrs). Numa dessas tardes quaisquer, conversando sobre revolução, mulheres, rock (nossos assuntos de pauta eternos), o Branco soltou a frase:

- Milagres só acontecem depois da revolução.

O Zé Renato na hora, com os ouvidos afiados, disse para repetir a frase, que tinha sido a coisa mais linda que havia dito nos últimos 15 anos (era nossa idade na época). O Branco repetiu diversas vezes. Dias depois chega o Zé Renato com uma letra que dizia ser a obra prima dele, a partir da frase do Branco.

Momentos mais tarde, escutando o disco do Detrito Federal, Vítimas do Milagre, uma banda punk de Brasília, lendo o encarte, nos deparamos com a maravilhosa pérola do Branco, na última música do disco, se não me engano.

Protestos e xingamentos depois, lá se foi a obra prima pelo ralo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

THE END



The End

This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end
I'll never look into your eyes...again
Can you picture what will be
So limitless and free
Desperately in need...of some...stranger's hand
In a...desperate land ?

Lost in a Roman...wilderness of pain
And all the children are insane
All the children are insane
Waiting for the summer rain, yeah
There's danger on the edge of town
Ride the King's highway, baby
Weird scenes inside the gold mine
Ride the highway west, baby
Ride the snake, ride the snake
To the lake, the ancient lake, baby
The snake is long, seven miles
Ride the snake...he's old, and his skin is cold
The west is the best
The west is the best
Get here, and we'll do the rest
The blue bus is callin' us
The blue bus is callin' us
Driver, where you taken' us ?

The killer awoke before dawn, he put his boots on
He took a face from the ancient gallery
And he walked on down the hall
He went into the room where his sister lived, and...then he
Paid a visit to his brother, and then he
He walked on down the hall, and
And he came to a door...and he looked inside
"Father ?", "yes son", "I want to kill you"
"Mother...I want to...fuck you"

C'mon baby, take a chance with us X3
And meet me at the back of the blue bus
Doin' a blue rock, On a blue bus
Doin' a blue rock, C'mon, yeah
Kill, kill, kill, kill, kill, kill

This is the end, Beautiful friend
This is the end, My only friend, the end
It hurts to set you free
But you'll never follow me
The end of laughter and soft lies
The end of nights we tried to die
This is the end




{That's all, guys}

INTO THE ICE

Citei a música Into The Ice da banda cuiabana Vanguart. Yeah, o Mato Grosso também tem música boa e de qualidade. O som é totalmente dylanesco, folk rock. Confira e divirta-se!



No Gelo

Amor é a palavra que eu disse um milhão de vezes
Amor, devagar.
Amor é a palavra que eu quis dizer a toda hora
Amor, passou.

Deus soltou minha mão, Eu caí no gelo
Lá não tinha nada, Eu não podia respirar
Eu comecei a chorar quando você disse adeus
Sua bondade protegeu minha vida de qualquer dano

Amor é a palavra que você disse poucas vezes
Amor, tão longe.
Eu nunca soube como era esse amor
Resistente, amor.

Eu nunca me esquecerei doque me tirou da cama
Fez me soar e me fará voltar
Eu fecho meus olhos todas as vezes em que fica escuro
Porque eu mal sei, eu mal sei o que é

Amor.


terça-feira, 22 de junho de 2010

DEPOIS DA MEIA NOITE

Pra não dizer que não falei das flores, a música Depois da Meia Noite, uma das músicas de trabalho do disco novo do Capital Inicial Das Kapital. O Capital está na estrada há anos, desde o início dos anos 80, deram um tempo nos anos 90 e voltaram com tudo quando se reuniram, a mais de uma década e continuam com o mesmo punch do começo. Não sei ao certo, me parece ser a banda comercial em maior tempo em atividade, com a mesma formação (com excessão de Loro Jones, que saiu após o Acústico MTV e Yves Passarell ficou em definitivo na banda).

Escutando o novo disco da banda percebo que eles encontraram a fórmula para o sucesso e não desgrudaram mais, são músicas para tocar (muito) nas rádios, com baladas e refrões de grudar no cérebro, não que isso seja de todo o mal. É pura diversão e energia, feita para agradar a galera que curte o pop rock nacional mais comercial. Roquenrol, embora muitos torçam o nariz.



Dias de verão e noites de inverno

A cidade as vezes é o inferno
Criei então um universo
Onde tudo era perfeito e feito pra nós dois

Passamos muito tempo sentados na calçada
Falando sobre tudo e não dizendo nada
Seu sorriso vale mais de mil palavras
Deixa que o futuro fica pra depois

Depois da meia-noite nós acendemos as luzes da cidade
Nos abraçamos e ficamos juntos até nascer o sol

Noites de verão e dias de inverno
Poucos minutos parecem eternos
Você sabe eu não sei mentir
Esse mundo perfeito nunca vai existir

Não quero esquecer as noites viradas
Falando sobre o mundo até a madrugada
Nos seus olhos eu vejo a verdade
Faça o que você fizer diga o que você quiser

Depois da meia-noite nós acendemos as luzes da cidade
Nos abraçamos e ficamos juntos até nascer o sol

Por quanto tempo só nós dois

Depois da meia-noite nós acendemos as luzes da cidade
Nos abraçamos e ficamos juntos até nascer o sol

Depois da meia-noite

segunda-feira, 21 de junho de 2010

ANTES DA MEIA NOITE


Eu me perguntava o que o Espírito das Montanhas estaria pensando...

Em um dia ensolarado me peguei pensando sobre inúmeras coisas que não consigo ordenar as idéias para escrever qualquer coisa que não seja confusa. Hoje estava tomando banho e me lembrei do meu amigo imaginário, o Doti, que eu nunca tive. Falando de amigo imaginário, lembrei de uma vez, na 2ª série primária, quando na brincadeira do amigo oculto eu tirei eu mesmo e não contei para ninguém. Daí comprei um presente para eu mesmo. Mas no dia a professora ficou sabendo e então tive que dar o presente que eu comprei me presenteando, para entregar para outra pessoa. Daí quem ficou com meu presente, foi a professora, Shirley era o nome dela.

Lembrei que nunca dancei quadrilha na minha vida. Deve ser porque fiquei traumatizado, quando na 6ª série eu dançaria com uma guria acho que da 5ª, que ficou doente e não pude ensaiar. Como fiquei sem par, não dancei.

Estava escutando a música do Vanguart In to The Ice, para amenizar o meu dia que foi down... nada como escutar uma música que ameniza um pouco a tristeza que às vezes vem bater na porta de qualquer um de nós. Mas isso passa, meu caro, isso passa, um dia após o outro, o tempo, é o melhor remédio, sempre disseram os sábios. Nada como um dia após o outro...

Comecei a ler o livro do Kerouac, Pé na Estrada, baixei da internet e fico deitado no sofá, com o notebook no colo, o fone de ouvido escutando algum som legal dos sei lá quantos gigas que tenho de música aqui no pc. Fico viajando junto com o personagem Sal, que atravessou os EUA para encontrar os amigos no Oeste. Um bando de caras sem rumo, experienciando um pouco da vida, cada momento, as loucuras sem limites... senti vontade de pegar o carro, tirar uma semana de férias e esquecer que um dia segui um rumo que a vida me fez parar em Londrina. Aquela coisa de vida vagabunda, de pegar o carro e não saber qual caminho seguir, sem rumo algum, como um complemento da música No Ritmo da Vida, que postei no sábado de manhã.

Agora à pouco saí e fui na Pizza Hut, o Gui comigo, para comprovar se pagaria a promessa que fiz ontem ao acertar o placar do jogo do Brasil e Costa do Marfim e ganhar o bolão do hospital. Rádio ligado, rolou uma música do Capital Inicial, Depois da Meia Noite. Descendo a Madre Leônia lembrei de algumas noites que passava em São Paulo, escutando um som no meu Walkman. Domingo à noite, eu pegava o meu rumo de volta à Santos, São Paulo em clima de ressaca de um domingo qualquer, sem aquela loucura do dia a dia. E no rádio rolando Depois da Meia Noite...

Estou escrevendo esse post meio sem nexo, mas nas entrelinhas é possível perceber alguma coerência. E ainda não é mia noite. Propositalmente, enquanto escuto a música Depois da Meia Noite.

A frase que começa o post é do livro do Kerouac. Boa noite!

O post é respeito de falar sobre tudo e não dizer nada, como a música do Capital! Seu sorriso vale mais do que mil palavras... se ao menos deixássemos o futuro para depois, seríamos mais felizes...

domingo, 20 de junho de 2010

COPA DO MUNDO FIFA ÁFRICA DO SUL 2010


Estava lendo o Jornal Esportivo Argentino Olé que ironizou o gol de Luís Fabiano feito de forma irregular. Assim como a imprensa brasileira caiu de pau em cima da seleção platina, ironizando que a toda poderosa e canditatíssima ao título, havia estreado na copa com um magro placar, com gol feito de forma irregular. Porém, não podemos esquecer que eles estrearam contra uma seleção forte, como é a Nigéria, diferente da Coréia do Norte.

Estava pensando sobre o início da Copa. A grande decepção, claro, ficou por conta da fraca seleção francesa. Já era de se esperar, principalmente pela forma como se classificou. Fora o vexame dentro de campo, hoje no treino quase houve briga e o chefe da delegação, o Vice-presidente da federação francesa pediu demissão, após o preparador físico se desentender com o jogador Evra.

Outra decepção vem das seleções africanas, que estão mal das pernas. As seleções do leste europeu, depois da retaliação a partir da derrubada do muro de Berlim, vêm apresentando um fraco desempenho. A Espanha, tão falada antes da Copa, como sempre, amarela em jogos dos mundiais, nunca confiei muito, por isso não acho surpresa que não vá muito longe.

O destaque fica para as seleções sulamericanas, que ainda não perderam, sendo que Brasil e Argentina têm 100% de aproveitamento. Amanhã o Chile pega a Suíssa, que surpreendeu vencendo a Espanha na estréia e pode atingir 100% de aproveitamento. Uruguai e Paraguai estreram com empates e venceram na segunda rodada.

sábado, 19 de junho de 2010

THE CURE

Os clipes das músicas citadas:

Close To Me



Repare que a música está com um Don't que não existe no nome. A imagem está muito ruim, o clpe é muito bom, mas o original que encontrei está sem som.

In Between Days



The Caterpellar Girl



e de quebra a música mais famosa da banda nos anos 80, Boys Dont Cry



As letras aqui, com suas respectivas traduções.

MAIS HISTÓRIA


Ao escutar a música Amigo Punk lembro de um episódio engraçado da minha adolescência, nos longínquos e nostálgicos anos 80. Na minha primeira madrugada fora de casa, teria algo em torno de 15 anos, quando íamos ao bairro da Caneleira, se não me engano nos pés do morro do Jabaquara, ficar escutando fitas de músicas na casa do Zé do Kiss, que era mais velho que nós e tinha uma banda punk chamada Mordedura. De lá íamos à pé até à zona, na Rua General Câmara. Quem conhece Santos sabe o quanto camelávamos, praticamente atravessando a cidade, da Zona Noroeste até o Centro da cidade. Esse era nosso programa das noites de sexta-feira, porque aos sábados saíamos atrás da mulherada, no Gonzaga, ou pegava um cineminha (Roxy, Iporanga, Indaiá, e outros); geralmente as duas coisas.

Nessa época tínhamos um lema: até a meia noite ainda selecionávamos as gurias para investir. Passando desse horário, o que viesse era lucro. Lembra disso Wagner? E a maioria das vezes só nos sobrava a segunda opção.

Na madrugada em questão, chegamos na zona e fomos às boates e depois de sermos expulsos de todas (éramos menores e não consumíamos porra nenhuma), fomos parar no ponto do ônibus que ía para Cubatão. Decidimos, sem grana, uns bêbados, outros embebidos pela aventura adolescente da primeira madrugada na rua, ir para Cubatão e passar a noite na rua. Chegando em Cubatão descemos na avenida principal, procurando uma igreja aberta para dormir em seus assentos. O problema é que não existem igrejas que ficam abertas no meio da madrugada, e naquela época não era diferente, então vagamos entre botecos e padarias que teimavam em funcionar em horários avançados. Quando todos fecharam vagamos pelas ruas silenciosas e desertas até o amanhecer, que demorou para passar e o frio intenso nos fez ver que mancada não termos ido para casa dormir no quentinho de nossas camas.

Ao chegar em casa ás 9 horas da manhã de um sábado, claro que a D. Sirlei tinha muito para falar, mas àquela ... altura da manhã já não importava o nosso bafo... e não adiantava a mãe querer ... marcar o gado com o ferro em brasa...

Demorei ainda para dormir e curti uma dor de cotovelo com o disco do The Cure Standing On A Beach, que o Zé Renato havia me emprestado (ele era o grande fã da banda nessa época, o sr. The Cure - lembro que ficara muito puto quando lemos na revista Bizz a declaração do Marcelo Nova de que o Robert Smith não passava de uma bichinha gorda - kkkk) fora ele, Zé Renato, que trouxe o Cure para a galera; o disco insistia tocar e eu não dormia, principalmente com The Caterpillar, In Between Days e Close To Me (que inclusive escuto nesse momento).

Bons tempos de vagabundagem roqueira e adolescente. Come Back, Come Back, Come Back to me... to us...

JOSÉ SARAMAGO


O escritor português José Saramago, que ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1998, considerado um dos escritores contemporâneos mais importantes, com reconhecimento mundial, faleceu nesse dia 18 de junho, nas Ilhas Canárias, aos 87 anos, de falência múltipla dos órgãos.

Entre suas obras, importante citar Ensaio Sobre a Cegueira, que se tornou filme nas mãos do cineasta brasileiro Fernando Meireles, sucesso mundial (assista ao trailer do filme aqui).

AMIGO PUNK

Duas versões da clássica música Amigo Punk, originalmente da banda Graforréia Xilarmônica (Frank Jorge e sua trupe)



e outra versão de Wander Wildner. Curta de montão!



Obs.: A banda que acompanha o Wander nesse clipe foi a que veio a Londrina e que assisti a um tempo atrás no Valentino.

Amigo punk, escute este meu desabafo
Que a esta altura da manhã já não importa o nosso bafo
Pega a chinoca, monta no cavalo e desbrava essa coxilha
Atravessa a Osvaldo Aranha e entra no Parque Farropilha

Amanhecia e tu chegavas em casa com asa
a tua mãe dá bom dia
E se prepara pra marcar o gado com o ferro em brasa
E não importa se não tem lata de cola
Eu quero agora é sestear nos meus pelego
Com meu cavalo galopando campo afora
O meu destino é woodstock mas eu chego
Aonde eu ouço a voz da cordeona
Já escuto o gaiteiro puxando o fole
Vai animando a gauderiada no bolicho
Enquanto eu sigo detonando o hardcore

LUGAR DO CARALHO

Lugar do caralho, na versão de Wander Wildner (... que goste de beber e falar, lsd queira tomar e curta Júpiter Maçã e os Beatles...)




LUGAR DO CARALHO

Sozinho pelas ruas de São Paulo eu quero achar alguem prá mim, um alguém tipo assim,

que goste de beber, falar, lsd queira tomar e curta Sid Barret e os Beatles

Um lugar onde as pessoas sejam mesmo à fuder

Um lugar onde as pessoas sejam loucas e super chapadas um lugar do caralho

Um lugar do caralho, um lugar do caralho

Eu preciso encontrar um lugar legal prá mim dançar e me escabelar

Tem que ter um som legal tem que ter gente legal e ter cerveja barata

Sozinho pelas ruas de São Paulo eu quero achar alguem prá mim, um alguém tipo assim,

que goste de beber, falar, lsd queira tomar e curta Sid Barret e os Beatles

Um lugar e um alguém que tornarão-me mais feliz

Um lugar onde as pessoas sejam loucas e super chapadas um lugar do caralho

Um lugar do caralho, lugar do caralho





NO RITMO DA VIDA - WANDER WILDNER

A música citada no post abaixo, do cara que vive On The Road, como todos os aventureiros sonham. Infelizmente alguns acabam sendo engolidos pelas armadilhas que a vida lhes pregam e ficam presos. Mas o sangue beatnik segue pulsando! Vale à pena ler o livro Pé na Estrada (On The Road) de Jack Keourac, que motivou toda uma geração e mudou a nossa vida a partir dos anos 50.

Num dos filmes mais amado por esse blogueiro (Peggy Sue) há um personagem beatnik (Michael Fitzsimmons - interpretrado por Kevin J. O'Connor) que cita Burroughs, um dos expoentes dessa cultura.




NO RITMO DA VIDA

Eu vou no ritmo da vida
Eu vou no ritmo que a vida me levar

Eu vou andando
Eu sigo em frente a caminhar
Eu vou no tempo
Aonde a estrada me levar

Chegando lá quero te encontrar

Eu vou no ritmo da vida
Eu vou no ritmo que a vida me levar

Eu vou subindo
E lá no alto eu vou voar
Eu vou pro espaço
Aonde o vento me levar

Chegando lá quero te encontrar

Eu vou no ritmo da vida
Eu vou no ritmo que a vida me levar

NO RITMO DA VIDA


Wander Wildner é um desses roqueiros cults do Rio Grande, que quando fui ao show no Valentino, em Londrina, avisei que se acharam ele louco, com aqueles dentes todos tortos, esperassem o dia que conhecessem o Júpiter.

Mas falando do Wander, ele tem uma história e tanto no rock gaúcho e nacional. Fez parte da banda de punk rock/hardcore Os Replicantes, que estourou no anos 80, com o hit Surfista Calhorda. Depois que saiu da banda (leia mais aqui sobre Os Replicantes) partiu para uma carreira solo e corre o Brasil solitário, tocando com bandas locais por onde passa, ensaia, se apresenta e segue em frente, como na música Rodando El Mundo, do disco Paraquedas do Coração:

"Estoy rodando el mundo com amor em mi corazón
cruzando por las estradas com mi carrón maverikón (...)"

Auto intitulado Punk Brega, mescla em suas apresentações e CD's grandes sucessos do rock gaúcho (como Lugar do Caralho, Amigo Punk, entre outras canções) e até uma versão de Candy do Iggy Pop, demonstrando versatilidade vocal e toda a rouquidão de sua voz.

Hoje acordei cantando a música Um Lugar do Caralho e queria escutar a versão do Wander, e continuei escutando alguns CD's dele, e calhou de tocar a música no Ritimo da Vida e me motivou a escrever sobre esse grande artista da MPB, mesmo que nos tempos de Replicantes tenha detonado a MPB, da qual faz parte. Coisa de adolescente.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

JESUS AND MARY CHAIN


Hoje acordei cedo (como sempre faço) e entre uma correção de prova e outra, coloquei o disco na vitrola e comecei a escutar Jesus And Mary Chain. Sonzeira do final dos 80's, o rock dançante e pulsante das guitarras distorcidas dos irmãos Reid, movidos a muito álcool. Esses escoceses eram conhecidos por seus shows curtos, que muitas vezes chegavam a durar 10 minutos; outra característica conhecida por todos que, como eu, cultuam a banda, é a indiferença que eles tinha para com o público: um dos Reid costumava tocar de costas para o público.

Para os menos informados, a Legião Urbana gravou uma música da banda no seu acústico MTV, a bela cançao Head On. Com certeza muita gente já ouviu essa versão, mas nada como o original na voz rouca e nas guitarras sujas da banda.

Entretanto, a música que estava curtindo de montão nesse início de quarta feira e que me motivou a escrever esse post foi UV Ray, que posto abaixo para diversão pura da galera que curte rock alternativo. E caso tenha interesse de conhecer melhor a banda, aqui tem sonzeira.

Durante anos eu tinha uma camisa preta da banda (mais de 15 anos no mínimo), que acho que o tempo e as mudanças da vida fez essa relíquia se perder, e costumava dizer para o Victor Hugo, quando ele era pequeno, que era eu e o Zé Renato que estávamos na camisa. A estampa da camisa é a capa de um álum de b-sides, ou seja, lados b's de compactos, uns discos que eram lançados com o single da banda de um lado e do outra lado uma outra música para completar o disco. Imagine a porrada sonora desse disco. É a foto que ilustra esse post.

P.S.: o nome do álbum é Barbed Wire Kisses (B Sides And More).

domingo, 13 de junho de 2010

OH DEBY!

A música citada no post anterior, com a letra, para acompanhar. Confira, curta e divirta-se.



Deby, eu já cansei de me matar
Oh! Deby, eu só queria te amar
Ontem, ontem eu pude sentir
Hoje, acho que eu vou chorar

Se eu tento o telefone
Ela manda dizer que não tá
Se eu chamo o teu nome
Eu preciso desabafar

Deby, eu só queria te encontrar
Oh! Deby, eu quero brincar de pegar
Ontem, ontem eu pude sentir
Hoje, acho que eu vou chorar

Se eu tento o telefone
Ela manda dizer que não tá
Se eu chamo o teu nome
Eu preciso desabafar

Deby, eu já cansei de me matar
Oh! Deby, eu só queria te amar
Oh, oh, oh, oh! Deby

P.S.: desse show de 2004, do clipe, extraiu-se um disco ao vivo, e se não me engano, foi a última reunião da banda.

Outra coisa importante de citar é que tanto Flávio Basso quanto Nei Van Soria fizeram parte dos primórdios do TNT, mas saíram antes da gravação do primeiro disco, para montar a maior banda de rock nacional de todos os tempos, Os Cascavelletes e seu pornobilly, porno rock.

TNT E O EMBRIÃO DO ROCK GAÚCHO DOS ANOS 80


Em 1987 já era aficcionado no rock gaúcho. Escutava Engenheiros, Replicantes, Defalla, TNT, Nenhum de Nós, entre tantos outros. Embora a dificuldade para mergulhar no underground de uma cidade como Porto Alegre ou o estado do Rio Grande fosse enorme, ainda consegui garimpar aqui e ali alguma coisa. Os Cascavelletes também são dessa época. Tinha uma música (Nega Bombom) que foi tema de novela da Globo. Tinha (e tenho ainda) alguns discos coletânea das bandas do sul. Assim conhecia um pouco as bandas que não atingiam a mídia.

Uma dessas bandas, Expresso Oriente, abria uma coletânea, a Rio Grande do Rock, que consegui fuçando nas lojas de discos de Santos. A música que abre é maravilhosa, de uma sensibilidade que poucos têm no rock. A música leva o nome da banda, que contava com o grande Júlio Reny.

Mas esse post era para ser do TNT, que é a trilha sonora dessa manhã de domingo. No Rio Grande são muito cultuados, embora tenham sentido o gostinho do sucesso nacional no final dos anos 80 e depois esquecidos pela grande mídia, no sul são adorados. Estava escutando o primeiro disco, que começa com Ana Banana (composição de Flávio Basso, o Jupiter Maçã), uma canção tola, de quatro guris no auge da adolescência. Umas das músicas que mais gosto é Oh Deby, uma belíssima balada de amor, cuja letra fala de dor de cotovelo e que por muitos anos foi a trilha sonora dos meus desencontros amorosos, naqueles fervilhates anos 80. É uma pena que o Márcio Petracco e o Charles Master tenham brigado tão feio a ponto de não poderem mais se reunir. E assim acabou uma das maiores bandas do rock tupiniquim de todos os tempos.

OS HOMENS QUE ENCARAVAM CABRAS


Quem em sã consciência sairia de casa para ir ao cinema e assistir um filme com esse nome? Realmente não tem um nome que poderia dizer uma obra prima do marketing. Mas o elenco chama a atenção: George Clooney, Kevin Space estão nessa comédia, direção de Grant Heslov.

Porém, contrariando a todos os prognósticos, o filme é muito bom. Como diria minha avó, não se conhece um livro pela capa. É uma comédia gostosa, de um jornalista medroso, que está em uma zona de conforto e deixa passar diversas oportunidades, quando sua vida é abalada pelo abandono de sua esposa. O destino acaba levando ele para o Afeganistão, à procura de uma boa história, que mostrasse para ele mesmo que não era um merda. Ele toma contato então com um bando de soldados veteranos e malucos, que dizem ter poderes paranormais e que sua luta não é armada. São soldados que acreditam terem superpoderes, como ler a mente do inimigo, atravessar paredes, matar uma cabra somente com a força do pensamento, mas tais superpoderes nunca são comprovados, apenas as circustâncias e o destino acabam contribuindo para acreditarem piamente que são superpoderosos.

Uma bela história (me rendi gente, estória não existe mais) que demonstra que não há verdade absoluta, cada um acredita naquilo que quiser. E as próprias circustâncias farão virar realidade.

MECANISMOS DE DEFESA


Freud, o pai da Psicanálise, ao desenvolver sua teoria, percebeu que os indivíduos lançavam mão de algumas artimanhas para manter o equilíbrio psíquico. A essas artimanhas chamou Mecanismos de Defesa, ou seja, são recursos psicológicos de cada indivíduo para amenizar angústias, conflitos psíquicos e redirecionar as suas necessidades emocionais, sem que seus desejos mais íntimos, proibidos pela vida em sociedade, viessem à tona. Os MD's agem de forma incosciente, por isso não percebemos que está agindo.

Na negação, por exemplo, recusamos a reconhecer os fatos que nos perturbam, negando-os. Um exemplo disso é quando alguém vem nos mostrar como agimos e dizemos: eu não faço isso, está enganado; outro MD, que age projetando as piores características de nossa personalidade, os nossos podres no outro, é a projeção. Cuidado com aquela pessoa que mais odeias, porque nela encontrarás, involuntariamente, muito de ti. Odiando ao outro, resolves um problemão, que seria odiar a si. Imagina o quanto seria dolorido reconhecer isso. Eu morro de medo disso. Quando reflito e percebo o que estou projetando, cara, é de matar!

Outro MD muito comum é a racionalização, que é utilizar a razão para explicar tudo: faço isso por causa daquilo, se não fosse isso eu faria diferente. Há uma desculpa para tudo. Na formação reativa o cara faz um esforço danado para demonstrar exatamente o contrário do que é. Por exemplo o homofobismo, o machismo. O impulso desejado se mantém longe do contato. Aquele carinha muito religioso, que por trás faz tudo ao contrário do que prega é um belo exemplo.

Já falei da sublimação no post anterior, que é o deslocamento do instinto para outro objeto, pela impossibilidade de satisfação na vida em sociedade.

Tem outros mecanismos, por exemplo o mais utilizado por todos nós: a repressão dos desejos proibidos e o recalque, que é semelhante à repressão, no sentido de se excluir a idéia de nosso psiquismo. Os Mecanismos de Defesa estão intimamente ligados a uma certa estrutura psíquica chamada Super Ego, a nossa voz moral íntima. Quanto maior for a força dessa estrutura em nós, maior será a necessidade de utilizarmos dos MD's.

Claro que tudo isso tem um preço para nosso psiquismo, que muitas vezes é viver uma personalidade que não é a nossa, não sermos nós mesmos, enfim, contrariarmos os nossos instintos, a nossa essência. Uma hora, isso será cobrado, porque ninguém suporta a vida inteira, os MD's falham em muitas situações e então mostramos a nossa cara, nua e crua. Por isso é importante fazer terapia, não tem coisa mais gostosa do que poder falar de tudo, sem o mínimo pudor, sem repressão, sem pensar nas consequências, enfim, sermos nós mesmos, no mais íntimo do nosso ser.

sábado, 12 de junho de 2010

UM POUCO DE HISTÓRIA


Dia desses estava conversando com a Juliana sobre música e demos muitas risadas juntos, relembrando do meu passado de quase músico. Foi muito engraçado lembrar das bandas que tive e do que eu, Zé Renato, Ronaldo, Branco e tantos outros amigos fazíamos em meados dos anos 80 tentando sair do anonimato impressionar para comer as meninhas e deixar a nossa marca na música brasileira. Tudo começou antes do punk mudar nossa vida.

Em 1985 eu tinha 13 anos, estudava a 7ª série e gostava de uma guria chamada Alessandra. Eu era muito tímido e claro, jamais me declarei. Ela estudava na 5ª série, na classe do meu irmão Renato. Foi quando começou a aflorar minha veia artística. Comecei a escrever algumas letras de música e algumas estórias, que na verdade queria transformar em livro. O meu grande amigo Dentinho tem tudo isso ainda (se não jogou fora). Há anos atrás eu doei para ele essas relíquias. Espero que tenha guardado.

Mas dizia eu que minha veia artística começou a aflorar. Como não conseguia agir na vida real, comecei a utilizar de um mecanismo de defesa da psicanálise, a sublimação, muito utilizada pelos artistas, que significa dirigir a energia da libido para outra área que não seja a de satisfação direta. Isso acontece porque muitos desses desejos são proibidos e então a sublimação os transforma em algo socialmente aceitáveis, como a arte por exemplo. Espero ter sido claro, mas é o pouco que lembro das aulas de psicanálise (nossa como estou enferrujado).

Voltando ao tema, comecei a verificar o quanto os rock stars eram amados (e como comiam a mulherada) e eu sempre tive essa necessidade de ser amado (alguém se habilita a dizer o contrário de mim?). Então comecei a desejar ser um rock star. Comecei a escrever letras de música e a pensar em montar uma banda. Claro que as letras beiravam o ridículo, como a música Alessandra (homenagem à guria citada e que morava em frente a uma padaria):

"Acordo todo dia, vou na padaria

Fico um tempo lá, vendo se ela está

Começo a jogar bola, torcendo que ela saia prá fora

A bola cai lá e eu pensando que ela ía pegar


Alessandra saia pra fora, que eu quero te beijar

Alessandra, pegue minha bola, eu não me canso de te amar
(...)"

Bom pessoal, eu tinha apenas 13 anos. Fiz essa composição em parceria com meu amigo Tony Penedo (por onde andas companheiro?) e não lembro mais do resto. Nem precisa... se perdeu na memória, pois não tenho os escritos dessa época, há alguns anos atrás, quando eu pensei que era intelectual (kkkkk) queria apagar isso da minha memória e nunca lembrar que cheguei a escrever algo parecido com isso.

Outra letra (gravei essa música na casa do André Quinda - será que essa fita ainda existe? - Quinda, contigo a palavra):

"(...)No escuro ninguém vê,
Mas eu sei que é você


No escuro, é difícil ver o que acontece

Não consigo te ver, mas eu posso te comer


Ninguém pode saber que você me amou

E que você gostou

De passar uma noite
Comigo no escuro (...)"

Não esqueçam, eu tinha apenas 13 anos. Essa música se chamava No Escuro.

Nessa época montamos a primeira banda, formada por eu, Renato meu irmão, Ronaldo (que era conhecido no Dino Bueno pela alcunha de Michael, porque andava com uns tênis quadriculados, acho que igual do Michael Jackson - ou então era chamado assim porque era preto mesmo), César e não lembro mais quem era o 5º integrante. Nessa época não sabíamos tocar nada, não tínhamos nenhum instrumento e nem sabíamos direito o que estávamos fazendo. Então eu comprei o primeiro violão, em duas vezes, na Casas Bahia (kkkkk). E comentei com a galera que teríamos que estudar música. Até hoje dou risada com o Renato, que ao ouvir soar a palavra estudar pulou fora (puta que pariu, vou mijar de rir aqui, kkkkk).

Na verdade eu já estava com vontade de largar a banda (kkkkkk) que foi batizada pelo bizarro nome de Legionários do Brasil (puta, que merda, kkkkkkk). Isso porque o Zé Renato tinha reclamado que eu tinha montado uma banda e não tinha chamado ele para fazer parte.

Sobre isso, faço uma pausa aqui. Um dos livros que escrevi começava com um sonho, em que a personagem desse sonho era uma guria chamada Andrea Dória, claro, uma homenagem à linda e sensível música da legião (quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois, não use o que eu disse contra mim...) e quando o Zé Renato leu, disse que também curitia Legião. E desse momento em diante fomos trocando informações sobre bandas e descobrimos que além de sermos vizinhos, sermos amigos, brincarmos juntos, éramos roqueiros.

Outra coisa, de cagar de rir. Nessa época o Renato e o Ronaldo se intitulavam Porshe (kkkk, gente isso é demais). O China, amigo do meu irmão Fábio, esse mesmo do Baixo Clero (que também escrevia umas músicas nessa mesma época), que era punk, falou que o lance era virar Porshe, que seria um degrau antes de ser punk. Isso nunca existiu, mas os dois malas, então no auge dos seus 11, 12 anos, andavam pelas ruas com roupas pretas (muitas vezes camisas com estampas que eles colocavam no avesso) botando panca, e se achando o máximo. O Renato ainda usava um pedaço de pau, como o personagem de uma novela que ele assistia na época (kkkkk, muito bom isso, kkkkk). Quando eles descobriram, algum tempo mais tarde, a vergonha foi o mínimo que sentiram.


Mas, voltando, comecei a querer sair da banda Legionários do Brasil. Com a saída do Renato, que não queria nem ouvir falar de estudar, quanto menos fazer o ato em si, o grupo se enfraqueceu, porque eu também passei a pensar em outra banda. Foi quando eu, Zé Renato (que também havia comprado um violão) e o Ronaldo montamos o Kaos. Porém, já estávamos em uma fase mais revoltada, tínhamos virado punk e lutávamos contra o sistema (o que uma cambada de guris sem nada de informação, sem experiência, sem porra nenhuma, de 13, 14 anos, poderia fazer contra o sistema?). Pobre de nós... mas a ilusão era tão maravilhosa, ter um ideal era gostoso demais. Pelo menos impressionava as gurias, que insistiam em não nos dar bola.

O Kaos logo terminou, porque descobrimos uma banda punk de Sampa chamada Kaos 64. Então o Zé Renato, em uma de suas leituras literárias gibitescas trouxe para nós o nome Mayday, que adotamos e com isso chamamos o Robson para ser o baixista da banda. O Robson era engraçado, porque a mãe dele, dona Margarida, que está no meu orkut, não deixava ele sair, não podia ser punk, então deixava os apetrechos na minha casa e todo sábado era a mesma coisa, ele se montava (sem conotações drag queen, rsrsr) em casa. E saíamos os quatro a rodar pelas ruas de Santos City.

Santos City rendeu uma música, letra do Zé Renato e música minha (éramos a dupla Johnny/Márcio - assim assinávamos nossas composições em parceria. Era como Morrissey/Marr, Jagger/Richards, Lennon/McCartney. Por aí já podem ver as nossas pretensões), que cito abaixo um pedaço da letra:

"O lugar onde eu cresci
é muito legal
E as pessoas de lá são muito legais

A praia sempre poluída e as pessoas sempre tão fudidas

E ninguém faz porra nenhuma

E ninguém faz porra nenhuma


Bye Bye Santos City
".

Nessa época o Mayday era formado por:

Márcio Mayday (eu - kkkk) - Guitarra e voz
Johnny Alienado (Zé Renato) - Guitarra
Ronaldo Anarquista - Bateria
Rato Branco (Robson) - Baixo

Outra música da mesma parceria, em homenagem ao Branco e se chamava Batman:

"(...) Sábado à noite, ocorre a transformação
O filhinho da mamãe sofre uma mutação

Acorda cara, 'cê tá na contramão
(...)"

O Branco só entrou na banda com a condição de comprar um baixo.

Ser assim era a forma que encontrávamos para extravasar nossas energias, tentar impressionar as gurias para transar com o maior número possível, porque 4 carinhas sem grana, duros (em todos os sentidos, rsrsrs) e feios poderiam fazer para as gurias se aproximarem? Apesar que o efeito era contrário, quanto mais punks, sujos e feios ficávamos, mais elas se afastavam.

Gente, esse post está ficando enorme, preciso ir para academia, continuo mais tarde. Tem muita coisa pela frente.

MUDANÇA IV

Dos quatro primeiros posts desse blog, 3 foram sobre mudanças. Aqui o primeiro post em 27 de setembro de 2009, sobre minha mudança de casa.

Em 12 de outubro do mesmo ano, dia da criança, escrevi (tentando) explicando sobre como e porque reagimos de forma tão negativa ou desconfiada às mudanças. Leia aqui.

Finalmente no dia 11 de outubro expliquei o motivo pelo qual estava explicando nosso receio às mudanças, para o pessoal do EaD de Recursos Humanos da Unopar. Não sei porque escrevi primeiro e publiquei depois, mas possivelmente por falta de experiência. De qualquer forma, leia aqui a pequena explicação.

Note que a inexperiência fazia com que apenas publicasse palavras, ainda sem a utilização de imagens para facilitar a leitura ou deixar o layout das postagens mais chamativas (isso eu aprendi com o blog do Zé Renato - Reunião de Pauta).

Agora realizo mais uma mudança, nesse caso o layout do blog. Dias atrás o dr. José Mario, que tive a grata satisfação (e grande prazer) de tê-lo como professor na pós da UTFPR, comentou que o blog estava muito pesado e criava uma certa dificuldade para o leitor, pelas cores que eu utilizava. Já estava pensando na mudança, mas aguardando o momento mais adequado, estava pensando na comemoração de 1 ano do blog, que está se aproximando. Porém, com a possibilidade que o blogger deu agora para a mudança, finalmente realizei para melhorar a estética.

Ainda não consegui deixar o cabeçalho da forma que gostaria, com o título centralizado e a descrição no modo justificado, mas estou tentando pessoal e se tiver alguém que saiba fazer isso, por favor help me, help me.

Espero que curtam essa pequena mudança.

P.S: estou publicando sem imagens para voltar às origens.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

ESSÊNCIA INTERIOR

A versão Doors da maravilhosa música de Júpiter Maçã, com a banda detonando e o teclado gritando por todos os poros.


E aqui a versão original, mais pesada mas não menos psicodélica. Vale à pena conferir as duas versões. Pura diversão!


Quando você der para outro cara
Lembre-se que alguém se masturba
Alguém do outro lado da cidade
Se sente em sintonia e pensa em você
Estou ligado na sua essência interior

Quando o vento move o seu cabelo
Eu preciso ser o vento também
Quando a chuva molha todo o seu corpo
Eu sou a gota que se recusa a secar
Estou ligado na sua essência interior
Todas as estrelas serão nossas
Quando a gente gozar
Todo o universo compreendido
A-a-a-aaahhhhhhhh...


PAPO ROQUENROL


Estava agora à pouco conversando com o Emerson sobre rock e sobre o visionarismo de escutar antes de todos algumas bandas importantes do cenário rocker. Comentei com ele que em meados dos anos 80 fui um dos primeiros caras a escutar Guns and Roses, quando a TV Gazeta era a TV desindexada e rolava uma programação alternativa. Numa dessas noites de sábado entediantes, na década citada rolou um programa apresentando a banda, pré estrelato mundial. Na época era um som pesado e comparado com Led Zepellin e Sex Pistols, um som afudê. Quando cheguei em Assis em 1991, era o único cara que tinha uma camisa do Guns. Naquela época eu era o típico roqueiro: magrelo ao extremo, usava brinco e usava roupa de banda. Me espalhava em uma entrevista do Johnny Marr, guistarrista do Smiths, que dizia que gostava de usar roupas que fizessem as pessoas pensarem que tinha uma banda de rock.

Conversa vai, conversa vem,
Beatles para cá, Rolling Stones para lá e o papo foi cair no Júpiter Maçã. Comentei da música Essência Interior, que não sai da minha cabeça.

"Quando você der para outro cara
Lembre-se que alguém se masturba,

Algúem do outro lado da cidade

Se sente em sintonia e pensa em você

Estou ligado na sua essência interior.
"

A música está no disco
A Sétima Efervescência, considerado o melhor disco de rock gaúcho de todos os tempos. Encontrei uma versão afudê da música, um teclado magnífico, puro Doors. Jim Morrison sorri no inferno. E nós nos divertimos e saboreamos por aqui.

domingo, 6 de junho de 2010

MARADONA E A PRESSÃO POR SER TÉCNICO DA ARGENTINA


Vou tentar não falar de futebol, mesmo com a Copa do Mundo a alguns dias de começar, quando se liga a tv, só se fala nisso, abre o jornal, não é diferente, na internet idem, enfim, tudo é Copa do Mundo. Imagina em 2014, quando será no Brasil.

Porém, não tem como não deixar de comentar sobre uma entrevista dada pelo Mardona, o melhor jogador de todos os tempos.

Estava deitado no sofá, escutando Bob Dylan (Infidels, 1983), no fone de ouvido para não acordar ninguém, lendo Germinal de Émile Zola, quando o Gui acordou e ligou a televisão. A concorrência é grande (tv, música, livro) e dividi minha atenção entre as mídias, até que começou a passar a tal entrevista citada.


Perguntado se estava sofrendo pressão por ser técnico da seleção Argentina, respondeu que ele não sofre pressão, nem os jogadores, que ganham milhões de euros na Europa, mas o povo é quem sofre, tendo que trabalhar de dia para pagar o pão da noite.


Maradona é uma dessas personagens polêmicas. Já fez gol de mão, campeão do mundo carregando uma seleção sozinho, já foi pêgo no antidopping com cocaína, já atirou em repórter. Tratou a dependência em Cuba e fez propaganda da ilha em todo o mundo e foi criticado por isso. Mas, diferente de um certo rei do futebol, é reverendicado e incontestado em seu país. Deus no céu e Maradona na terra. Mesmo com toda a polêmica. Assim ele é.

BOB DYLAN - JOKERMAN

Dylan em sua essência, bela música, poesia maravilhosa.



Curinga

Sobre as águas, jogando seu pão,
Enquanto os olhos do ídolo, com a cabeça de ferro, estão brilhando.
Barcos distantes rumo à bruma seguem seus cursos,
Você nasceu com uma cobra em seus pulsos,
Enquanto um furacão estava soprando
Liberdade logo ao virar a esquina para você
Mas, com a confiança tão longe, de que servirá?

Curinga dance para a melodia do rouxinol,
Pássaro, voe alto ao luar
Ó, ó, ó Curinga.
O sol põe-se tão velozmente no céu,

Você se levanta e diz adeus para ninguém.
Tolos correm para lugares onde anjos temem pôr seu, pés.
O futuro dos dois, tão cheios de temor, você não tem nenhum.
Mudando mais uma camada de pele,
Mantendo-se a um passo a frente do perseguidor dentro de você.

Você é um homem das montanhas, você pode andar nas nuvens,
Manipulador de multidões, você distorce sonhos
Você irá para Sodoma e Gomorra,
Mas o que te importa?
Lá ninguém vai querer casar com a sua irmã.
Amigo do mártir, um amigo da mulher que causa vergonha,
Você olha dentro da fornalha escaldante, vê um homem rico sem nome.

Bem, o Livro do Livítico e Deuteronômio,
A lei da selva e do mar são seus únicos professores.
Na fumaça do crepúsculo sobre um corcel lácteo.
Michelangelo realmente poderia ter esculpido sua feição.
Repousando nos prados, longe do espaço turbulento,
Meio adormecido perto das estrelas,
Com um pequeno cachorro lambendo seu rosto.

Bem, o fuzileiro aproxima-se silenciosamente dos doentes e aleijados,
O pregador busca o mesmo,
Quem chegará lá primeiro é incerto.
Cassetetes e canhões de água, gás lacrimejante, cadeados,
Coquetéis molotov e pedras atrás de cada cortina,
Juízes pérfidos morrendo nas teias que eles mesmos tecem,
É só uma questão de tempo até que a noite se instale.

É um mundo sombrio, céus são escorregadiamente cinzentos,
Uma mulher acabou de dar à luz a um príncipe hoje
E o vestiu de escarlate.
Ele irá pôr o padre no bolso, pôr a lâmina para aquecer,
Tirem as crianças sem mães da rua
E coloquem-nas aos pés de uma meretriz.

Ó, Curinga, você sabe o que ele quer,
Ó, Curinga, você não demonstra nenhuma reação.

STONES

Uma dos Stones, para curtir, tem tantas, escolhi a que curto mais no momento. Se alguém tiver a tradução, eu quero, eu quero!

DEFALLA PAPAPARTY



Infelizmente não tem clipe de Papaparty,
escute aqui, pulsante, alucinante, dançante.

WITH A LITLLE HELP FROM MY FRIENDS

Para quem escutou finzinho do clipe anterior e sentiu desejo de continuar escutando, pois no disco uma começa onde a outra termina:




O que você pensaria se eu cantasse desafinado
Você se levantaria e sairia em mim ?
Me empreste suas orelhas e eu cantarei uma canção para você
E eu tentarei não cantar fora de tom

Oh, consigo com uma pequena ajuda de meus amigos
Eu me levanto com uma pequena ajuda de meus amigos
Tentarei com uma pequena ajuda de meus amigos

O que eu faço quando meu amor está longe
Te preocupa estar só?
Como eu me sinto ao final do dia?
Você está triste porque você está sozinho

Não, eu consigo com uma pequena ajuda de meus amigos
Eu me levanto com uma pequena ajuda de meus amigos
Tentarei com uma pequena ajuda de meus amigos

Você precisa de alguém?
Eu preciso de alguém para amar
Pode ser qualquer pessoa?
Eu quero alguém para amar

Você acredita em amor à primeira vista?
Sim, tenho certeza que isto acontece toda hora
O que vê você quando apaga a luz?
Eu não posso te contar mas eu sei que é meu

Oh, consigo com uma pequena ajuda de meus amigos
Eu me levanto com uma pequena ajuda de meus amigos
Tentarei com uma pequena ajuda de meus amigos

Você precisa de alguém?
Eu preciso de alguém para amar
Pode ser qualquer um?
Eu quero alguém para amar

Oh, consigo com uma pequena ajuda de meus amigos
Eu me ponho alto com uma pequena ajuda de meus amigos
Tentarei com uma pequena ajuda de meus amigos
Sim eu consigo com uma pequena ajuda de meus amigos
Com uma pequena ajuda de meus amigos