segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

WONKAVISION - O ÍMPAR PERFEITO

Analisando a letra, superficialmente, pela ótica psicanalista, me veio à memória aquela velha estória do " - falem mal, mas falem de mim!", porque na verdade isso demonstra que quem está falando significa algo. Por mais defeitos que o outro tenha, a constatação de que foram feitos um para o outro.





O ÍMPAR PERFEITO

Diz que eu sou incapaz
Inconfiável e confuso
Cruel e mordaz
Sem ambição, obtuso

Diz que eu não passo de um borra-botas
sem ter nem onde me enterrar
Me julga pelos sapatos
Me beija apesar dos fatos

Deve ser porque
Quando ninguém vê
Mesmo sem querer
Eu sou perfeito pra você

Deve ser porque
Não presto, pode ver
Quase sem querer
Eu sou o ímpar perfeito pra você

Diz que eu sou mau
Imedicável imaturo
Ardil e anormal
Profano, vil e obscuro

Diz que eu não passo de um topa-todas
que não chega a nenhum lugar
Despreza o meu pouco estudo
Me beija apesar de tudo

Deve ser porque
Quando ninguém vê
Mesmo sem querer
Eu sou perfeito pra você

Deve ser porque
Não presto, pode ver
Quase sem querer
Eu sou o ímpar perfeito pra você

WONKAVISION


Hoje é o último dia do primeiro mês do primeiro ano da segunda década do novo século. Ou seja, 11 meses para acabar o ano. Bem, minha idéia não é fazer uma contagem regressiva, muito pelo contrário, porque a vida é curta e o importante é aproveitar ao máximo cada momento. Isso tudo é apenas uma constatação.

Na realidade, a minha idéia é apresentar no último dia de cada mês uma banda nova para vocês, dessas que eu garimpo por aí, pela internet ou qualquer outra mídia. O mês de janeiro fica com os gaúchos do Wonkavision, uma banda pop que tem um som muito semelhante a Penélopes, principalmente nas músicas cantadas pela Manu, que tem timbre de voz semelhante ao da Erika, da Penélopes.

Conheci a banda em uma tarde em Porto, no hotel, enquanto estava tirando uma soneca depois do almoço, fuçando na internet, antes de ir para o treino do IMORTAL. Era semelhante a alguma outra coisa que, não lembro, estava procurando e resolvi escutar, como sempre faço. Esse é um artifício que tem me ajudado a conhecer bandas muito boas, que estão fora do mainstream. E valeu à pena conhecer um pouco mais da banda.

As canções são extremamente pop, e como diz o release da banda, são "... fundo para histórias sobre as idiossincrasias do comportamento humano." São como os contrastes da vida, o lado claro e o lado escuro, o bem e o mal, entre tantos outros. É como esquentar o lanche no microondas e fazer um suco estupidamente gelado (essa comparação é propícia, porque fiz exatamente isso a alguns minutos atrás).

A banda tem dois CD's gravados e é formada por Will (Voz e Guitarras), Manu (Voz e Moog) e Kiko (Bateria e Backings Vocals).

A canção que escolhi para apresentar a banda para os que costumam ler meu blog, chama-se O Ímpar Perfeito, que fala exatamente dessas contradições, de uma parceira (a) que te acha o pior do mundo, mas que ficar juntos é inevitável. Quem gostar poderá ouvir mais no próprio youtube, na página da Wonkavision na Trama Virtual, que além de escutar dá para baixar, ou no myspace da banda.

É isso galera, o próximo post vem a canção com letra e clipe.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

PORTO ALEGRE É MUITO GRANDE E TÃO PEQUENA, ESTAMOS LONGE DEMAIS DAS CAPITAIS


Férias, férias, férias! Pois é, elas são tão boas que acabam logo. No dia 17 voltei para o Hospital e essa semana, mais precisamente dia 23, voltei para a Unopar. Com isso elas terminaram de vez. Protanto, ao trabalho, arregaçar as mangas e começar de novo. Ano novo e a mesma vida. Sei que a cada dia que passa e a cada experiência nova nos tornamos outra pessoa; eu não sou a mesma pessoa dos meus 15 anos, dos meus 25 e dos 35. Graças a Deus, pois estou amadurecendo (acho); mas voltando ao assunto, porque isso está ficando muito subjetivo para o meu gosto, a vida continua a mesma, os dias insistindo em correr mais do que a nossa tão atribulada vida e nada parece ter mudado.

Nesse período de vacances as idéias afloraram, fiquei todo esse tempo sem escrever nada, apenas algumas leituras parcas, nada muito aprofundado, mas mesmo assim pensei em muitas coisas. E esta semana, conversando com meu colega de trabalho na Unopar, Messias, estávamos refletindo sobre como era no passado, parece que os dias não passavam tão rápido, muito provavelmente, chegamos a essa conclusão, porque não tínhamos tantas atribulações. O ano passava tão demorado que o natal e ano novo eram datas especiais, um evento muito esperado. Quando tinha 12, 13 anos, no natal, que era tão esperado, tomávamos banho e colocávamos a roupa nova que nossos pais haviam comprado recentemente e especialmente para a data. No dia seguinte todos saíam à rua com seus presentes, bicicletas, bolas, skates, entre outros. Hoje não existe mais nada disso, uma pena. Não temos tempo para saborear a espera.


Tudo isso veio à tona, quando voltei à Porto Alegre (ou simplesmente como os Porto, como os portoalegrenses, como eu, costumam chamar a sua cidade) 12 anos depois da última vez e fui na casa em que nasci, 32 anos depois de ter mudado de mala e cuia (literamente) para Santos. No 1073 da Professor Clemente Pinto. E toda a lembrança que tinha daqueles tempos se esvaiu, a percepção que tinha do quintal de casa, parecia tão grande... também fui na escola que estudei, que se chamava Grupo Escolar Ceará, também tinha uma lembrança tão diferente...

Conheci mais um filho do Flamarion, meu irmão César, do primeiro casamento do cara que um dia chamei de pai, dirigi em Porto, me perdi um monte naquela cidade que parece várias dentro de uma, tomamos um suco de laranja maravilhoso na Lancheria do Parque, em frente ao Parque da Redenção ou Farroupilha, na Osvaldo Aranha, atravessei a Osvaldo Aranha e entrei no Parque Farroupilha, como na música Amigo Punk, da Graforreia Xilarmônica (tirei até foto atravessando, que ilustra esse blog), fomos na Casa de Cinema de Porto Alegre, na Casa de Cultura Mario Quintana (que a Juliana se decepcionaou por saber que ele não é de Porto e sim de Alegrete, rsrs) e fizemos tantas outras coisas legais.

Bem, mas isso fica para outro momento de reflexão. Por enquanto fico por aqui, com o início de algumas lembranças agradáveis e saudosas das férias e da infância, adolescência e da vida em geral.

Feliz ano novo!