sábado, 30 de outubro de 2010

JUPITER MAÇÃ NO DEMOSUL 2010


Dia 22 de outubro é um marco para esse que vos escreve. Sim, foi um dia de mais um show do Júpiter em Londrina. Dessa vez, mais que memorável. Se o ano passado, segundo consta, o Man estava saindo de um longo e tenebroso inverno de internação em uma clínica de reabilitação, com uma banda formada por uma galera de sampa, como o devoto de nossa senhora aparecida Luiz Thunderbird, tocou na inauguração de uma casa noturna aqui na cidade, em que a Juliana quis ir embora porque uma guria ofereceu um beck para ela, enquanto a loucura rolava no palco com a banda londrinense Trilobit, que abria o show para o Man, e fez um show mais intimista, mais paradão, esse ano foi diferente.

Em primeiro lugar o palco era muito maior, o espaço infinitamente melhor, a estrutura idem. Claro que o clima de show do Júpiter não poderia ser diferente, com a galera fumando o cachimbo da paz. E da paz mesmo, porque todos estavam ali para ver o Man em mais uma de suas performances. Se o ano passado ele veio encarnado em Alex do livro/filme Laranja Mecânica, desta vez veio encarnado em si mesmo. E com toques de Flávio Basso, para delírio da galera que pedia Menstruada, dos Cascavelletes.

A banda entrou com peso. Depois de alguns minutos entra Júpiter e a galera delira. Um pouco mais encorpado do que no ano passado e mais enérgico, de cabelo preto, entrou arrasando, detonando com Seventy Man, do disco Bitter. Em seguida detonou com Querida Superhist X Mr. Frog, d'A Sétima Efervescência, o disco considerado o melhor de todos os tempos do rock gaúcho. A galera então começou a pedir Menstruada incessantemente e pensei com meus botões: porra, ele nunca vai tocar Casca.


Modern Kids, que concorreu a melhor clipe do ano em 2009 no VMB foi na sequência, com um Júpiter elétrico e como nos velhos tempo em cima do palco. Síndrome do Pânico inaugurou a sessão beatlemania com Júpiter e sua guitarra brilhante. Se falou em beatlemania, claro que veio na sequência Beatle George e o solinho de guitarra que o fez o Zé Renato se apaixonar pelo som do Júpiter. Calling All Bands veio com a solicitação do Man de que todos o acompanhassem no refrão, no que foi prontamente atendido.

Então veio o que eu menos esperava: Júpiter voltou a ser Flávio e anunciou que a sequência viria com uma música que fez aos 16 anos, posteriormente outra que fizera aos 19 anos. Tocou então Identidade Zero, do TNT e Morte por Tesão, do Cascavelletes. Foi demais! Segundo o guitarrista, com quem troquei umas palavras após o show, há muito tempo ele não tocava TNT ou Cascavelletes. Uma volta às origens!

Para finalizar, não poderia faltar, Um Lugar do Caralho.

O êxtase veio no final, quando tietei o man, 20 e poucos anos acompanhando a carreira do cara e finalmente consegui tirar uma foto com meu ídolo e ainda troquei umas palavras. Encontrei um Júpiter sóbrio, tranquilo, maduro. Senhor de seu talento e de sua genialidade, mas sereno e humilde.

Fiquei em êxtase. Alías, estou até agora.



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