domingo, 31 de outubro de 2010

RAMONES - ROCKET TO RUSSIA


Ramones é uma daquelas bandas unanimidades. Hoje todo mundo escuta e virou pop. Mas, como eu sempre digo, nos anos 80, era totalmente cult, underground. Dificilmente tocava em uma rádio comercial. Meu primeiro contato com a banda, ainda nos meus primórdios de punk, por volta de 1985, foi, claro, o maior clássico, Rocket To Russia. É um petardo atrás de outro. Incomparável.

Basta dizer que nesse disco tem Rockway Beach, I Dont Care, Here Today, Gone Tomorrow, We're a Happy Family, uma versão incomparável para a romântica e entediante Do You Wanna Dance?, que com os Ramones ganharam energia, I Wanna Be Well, a ilariante Surfin Bird e claro, na minha opinião a melhor música da banda, Sheena Is A Punk Rocker.

Esse final de semana, que começou ao som de Tom Waits e Jupter Maçã, acaba com Ramones. Na verdade, desde sexta à noite fiquei com vontade de escutar o Rocket to Russia.

Sempre teve uma certa rixa entre Ramones, que começaram no início dos anos 70, e os Sex Pistols, que no meio dos anos 70 se reuniram e montaram a banda mais importante para o Punk Rock de todos os tempos, sobre quem seriam os criadores do gênero.

Brigas à parte, o Punk Rock mudou a estética do rock, que naquela época estava se tornando enfadonho com as estripulias instrumentais do rock progressivo que ganhava muito espaço. O mundo todo agradece aqueles três acordes dos Ramones e de todas as bandas que mudaram o rock and roll para todo o sempre. Afinal, aqueles caras, que não tocavam porra nenhuma, também poderiam ser pop star. Não é à toa que o lema do punk rock é do it yourself.

Se minha memória não falha (e como ela anda falhando, meu Deus) os Ramones queriam tocar Beatles, mas não sabiam tocar, então resolveram fazer suas próprias músicas. Quando eu era adolescente, também montei com meus amigos o Mayday e como também não sabíamos tocar nada, resolvemos fazer nossas próprias músicas. Sem a competência do Ramones, claro.

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