domingo, 20 de dezembro de 2009

ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA TÉCNICA QUALIFICADA


Li no Jornal de Londrina de hoje que as empresas de construção civil de Londrina estão buscando profissionais fora da cidade. Será que não temos desemprego por aqui? Não, claro. O que não temos é mão de obra qualificada, um problema do país. No jornal Folha de São Paulo também deste domingo li uma reportagem em que houve aumento no número de interessados em fazer Engenharia Civil, porém o número de cursos no país não aumentou na mesma proporção. Gilberto Dimenstein, em sua coluna dominical nesse jornal comenta que com a exploração do petróleo do pré sal e a falta de profissionais capacitados fará com que o país importe profissionais do exterior.

Investir em capacitação técnica é urgente em nosso país. A demanda que sempre foi grande aumenta consideravelmente a cada ano que passa e as pessoas não estão percebendo esse movimento. Mas não basta esperar o governo, as empresas, cada um deve fazer a sua parte.

Investir em capacitação técnica. Disso depende o desenvolvimento e cresimento econômico de nosso país. Ao governo cabe desenvolver políticas que facilitem o acesso a todos a educação profissional; às empresas cabe dar chance a profissionais sem experiência, mas com formação técnica; ao trabalhador cabe acordar e correr atrás da formação.

Muitos idealistas dirão que o mercado é perverso, que o capitalismo exige uma formação maior do que a necessária, porque tem mão de obra sobrando e etc. Sim, isso é verdade, as empresas não têm tempo, não querem dar tempo aos profissionais se prepararem ou investir mais em treinamento. Querem profissionais prontos. Isso é real.

São dois aspectos importantes do mesmo problema. Sei que é uma curta análise de um grande problema e um desafio enorme. Porém, o que, como trabalhadores escolheremos? Ficar de braços cruzados e reclamar e da conjuntura política econômica ou vamos nos capacitar e evitar uma invasão estrangeira para os nossos melhores postos de emprego?

Essa discussão me remonta ao livro "O Horror Econômico", onde a autora Viviane Forrester em determinado momento joga em nossas caras o que é pior: ser explorado para o capital ou viver à margem da sociedade desempregado? Friamente, eu prefiro a primeira opção.

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