terça-feira, 8 de março de 2011

MINHAS MÃES E MEU PAI


Esse é um filme inusitado, mesmo para os dias atuais, do politicamente correto e do ter para ser. Foi um dos indicados ao Oscar 2011, dentre as indicações estão a de melhor filme. Conta a estória de um casal de lésbicas em que cada uma delas teve uma gravidez por doação de esperma do mesmo doador. Quando a filha mais velha Joni faz 18 anos o irmão de 15, Laser, a instiga a procurar o doador de esperma, até então desconhecido.

A aparente tranquilidade e equilíbrio daquela família é desestabilizada com a presença do pai biológico de seus filhos. A entrada desse ser estranho no quotidiano da família abala inclusive o relacionamento das mães Nic (Anette Bening candidata ao Oscar 2011 de melhor atriz) e Jules (Julianne Moore), até o momento bem estruturado e resolvido.

Nic é controladora e possessiva e sofre com a mudança de todos a partir do aparecimento de Paul (Mark Ruffalo), principalmente porque este consegue atrair a atenção de todos, com seu jeito totalmente oposto ao dela, mais descontraído e menos, muito menos metódico e perfeccionista.

Um filme bem feito, sensível, para quebrar paradigmas e preconceitos em relação aos homossexuais, embora não se apresente como uma bandeira; mas demonstra o quão harmonioso e carinhoso pode ser uma família formada por casais gays, mas que também pode apresentar os mesmos problemas de uma família de casais heterossexuais. Enfim, o velho problema dos relacionamentos amorosos e seus desdobramentos após longos anos de convívio e de rotina.

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