terça-feira, 8 de março de 2011

ANTES QUE O MUNDO ACABE


Antes Que o Mundo Acabe é mais uma poesia de Jorge Furtado, aquele mesmo de Ilha das Flores e Houve Uma Vez Dois Verões. E não é só pelos diálogos inteligentes entre os adolescentes, mas também e principalmente pela narrativa, ora do narrador, ora da pequena Maria Clara, de Daniel pai e o filho. É pura poesia! A direção deste ficou à cargo de Ana Luiza Azevedo.

O filme, que é baseado no livro homônimo de Marcelo Carneiro da Cunha, conta a estória do adolescente Daniel, que mora em uma pequena cidade do interior gaúcho, próxima a Porto Alegre, que namora Mim, cujo relacionamento entra em crise e ela resolve dar um tempo. Perdido, Daniel descobre que seu melhor amigo Lucas está saindo com a ex-namorada. Ao mesmo tempo ele começa a receber, do nada, cartas do pai biológico, que mora na Tailândia, jornalista e fotógrafo.

Tudo isso vira pano de fundo para que o guri de 15 anos repense a sua curta vida, mas com o agravante das inseguranças e dúvidas próprios da idade.

Taí o enredo do filme, que ainda mostra alguns dos principais pontos turísticos de Porto, como o viaduto da Borges de Medeiros, o Guaíba, a Casa de Cultura Mario Quintana, o Brique da Redenção e tantos outros.

A trilha sonora conta com a bela canção do Pública, Long Plays, do primeiro disco da banda, Polaris.

É um belo filme, que nos fez correr Porto em janeiro a procura de uma sala que estivesse passando e até mesmo ir até à Casa de Cinema de Porto Alegre, ali perto do Parque Farroupilha ou Redenção, como preferir, na rua cujo nome da rua não me acordo, mas que é um cruzamento da Protásio Alves, uma ou duas quadras do viaduto da Silva Só, que é Avenida Azenha lá no bairro Azenha, depois vira Princesa Izabel, Silva Só e finalmente Avenida Goethe. Tudo numa só avenida.

Dentre os prêmios recebidos, estão o de melhor filme do ano de 2010 pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), melhor filme brasileiro da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 2009; recebeu prêmios internacionais no Uruguai e na Alemanha.

Na filmografia do cineasta Jorge Furtado, além dos já citados, estão O Homem que Copiava e Meu Tio Matou Um Cara, filmes que fizeram um certo sucesso no circuito nacional e atingiram um público maior.


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