terça-feira, 8 de março de 2011

ACRILIC ON CANVAS


Semana passada ou retrasada, não sei exatamente o tempo, pois este está me deixando cada vez mais perdido, mas também não quero me esforçar para dominá-lo, uma vez que isso não me interessa ou não me dá nenhuma importância, me deparei com uma notícia bizarra de um maluco que atropelou em Porto Alegre vários ciclistas que faziam uma manifestação pelas ruas da cidade. Vendo as imagens e a entrevista com o cidadão é de revoltar o cinismo com que se defende. Além disso, como é triste perceber que as pessoas se escondem atrás da máscara de doenças psíquicas para justificarem o injustificável; mas de qualquer forma, isso também faz parte da loucura que vivemos. Quando em 1990 resolvi fazer Psicologia era nisso que eu pensava, na loucura que estaria por vir nos próximos anos. Só esperava ser uma profissão mais valorizada, que fizesse parte da saúde pública. Diversas pessoas procuram auxílio profissional, mas não têm grana para bancar o tratamento e desistem. Outro fator é que as pessoas estão acostumadas com o imediatismo e não suportam a idéia de ter que se tratar em doses homeopáticas.

Bem todo esse episódio faz lembrar o problema dos ciclistas aqui em Londrina, mais precisamente aqui do Lago Igapó. A prefeitura da cidade resolveu fazer 4 km de ciclovias ao longo do lago. Uma decisão completamente errada, porque além de criar um gargalo no trânsito (tente atravessar as rotatórias da Av. Maringá com a Ayrton Senna nos horários de pico e saberá do que estou falando) criou um mal estar entre os frequentadores da caminhada ao redor do lago.

Conversando com a Juliana sobre o episódio de Porto Alegre, justifiquei que o atropelador era um mal intensionado, imagina se os ciclistas, que são pacíficos, geralmente são naturebas, iriam fazer o que aquele senhor, que deveria ser expulso do quadro do funcionalismo público gaúcho, havia dito, das ameaças que teria supostamente sofrido! Porém, pensando em Londrina, vejo que alguns realmente passam dos limites.

Certo dia, correndo às margens do Igapó, do lado em que não tem calçadas para a prática do cooper ou da caminhada, um ciclista passou correndo e xingou duas mulheres que caminhavam na ciclovia por falta de lugar mais adequado; era caminhar na ciclovia ou no meio da rua. Entretanto, o ciclista, que treinava inadequadamente em um lugar de fluxo grande de pessoas, não se sensibilizou.

Ora, aqui no lago não é lugar para treinos. A ciclovia é para passear, para as crianças terem um lugar seguro para dar as primeiras pedaladas sem rodinhas... em Curitiba, por exemplo, percebi que ciclistas e pedestres convivem bem nas ciclovias. Isso porque lá o respeito é mútuo e ninguém fica treinando ciclismo em locais de passeio. É como se alguém fosse treinar corrida de carro nas vias públicas.

O caso em Londrina se resolve com um pouco de serenidade e de respeito. Em Porto é questão de polícia. Acredito que em Londrina não chegue a tanto.

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