domingo, 24 de fevereiro de 2013

OSCAR 2013 - RESUMÃO


Hoje é a noite do Oscar 2013. Desde que mudou a indicação passou de 5 para 10 filmes, não tinha conseguido assistir a todos os indicados. O problema é que em Londrina não passam todos os filmes. Outra característica dos cinemas de Londrina é que um dos filmes indicados (e um dos que mais gostei) As Aventuras de PI, passou nas salas de cinema somente dublado, uma vergonha, ir ao cinema e ter que assistir a um filme, candidato ao Oscar, dublado. Por isso não fui assistir. Acabei assistindo no computador, como os demais que não entraram em cartaz por essas plagas, como é o caso de "Amor", que assisti nesta tarde.

Amor, o último que assisti, é um filme francês, que conta a história de um casal de idosos e levam uma vida ativa, quando de repente Anne sofre um AVC e tem toda a parte direita do corpo paralisada. George, seu marido, passa a cuidar da esposa com todo cuidado, mas Anne sofre um segundo AVC que agrava a sua situação. O filme começa pelo final, passo a passo demonstrando como chegou a isso. E daí, do final é que se entende melhor o nome do filme.

No sábado passado assisti, também pelo computador, Indomável Sonhadora, que estreou nas salas de Londrina esse final de semana. Conta a estória da pequena Hushpuppy, que vive em uma comunidade miserável, criada pelo pai doente. Hushpuppy é criada como se fora um menino, para ser forte diante de um futuro duro e difícil, como é de se esperar por toda a comunidade. Um filme muito interessante, uma vez que dificilmente vemos a pobreza e a miséria que alguns norte americanos vivem.

Os Miseráveis, baseado na obra de Victor Hugo é um musical e conta a estória do sofrimento de Jean Valjean, que é preso por roubar um pão para comer e sofre exageramente em uma prisão, perseguido por um autoritário inspetor Javert. A estória, um clássico do escritor francês, cujo nome do meu filho mais velho foi uma homenagem e pela admiração ao escritor por este que escreve, se passa durante a Revolução Francesa e é uma crítica social da França do século XIX. O filme é uma adaptação de uma peça da Broadway e também é um musical. Isso estraga o filme, mas vale à pena pela obra de Victor Hugo, pois a estória é muito boa. Quem não gosta de musical e não conhece a obra, com certeza odiará.

Django Livre foi o primeiro que assisti. Quentin Tarantino dispensa apresentações; é um Western dos bons, com muito sangue jorrando pela tela. Uma excelente estória tendo como pano de fundo a escravidão. Assim como Lincoln, que trata da escravidão, indiretamente, pois conta a estória do presidente dos EUA Abrahan Lincoln e sua luta pela abolição da escravatura. É uma história ufanista, demonstrando o presidente como um herói. Ufanismo também é o pano de fundo de Argo, que conta a verídica história de diplomatas americanos que se esconderam na Embaixada do Canadá quando todos os americanos foram presos no Irã, em 1979. A revolta contra os americanos por parte dos iranianos se dá por conta do asilo político dado ao xá que antecedeu ao Aiatolá Khomeini. A Cia então, através de um de seus agentes (Tony Mendez) tem a idéia de fingir que iriam filmar um filme de ficção no Irã. Uma vela história, verídica, que só foi desvendada pelo filme, até então um segredo de Estado e do serviço de inteligência americana. Destaco, como curiosidade, a incrível semelhança entre os personagens do filme e os da vida real. Se o Oscar for para esse filme, pois é um dos favoritos, estará em boas mãos.

O lado bom da vida não é nem um filme de amor e também não é uma comédia, como foi difundido, embora contenha elementos desses dois tipos de enredo; na verdade é um filme sobre a perda, de quão difícil é para algumas pessoas elaborarem e superarem o luto porque passamos ao longo de nossa vida. Sendo assim, o filme é um drama psicológico, muito bem desenvolvido, dirigido e encenado por atores do porte de Robert De Niro. Um dos indicados que mais gostei. Assim como As Aventuras de PI, uma inusitada estória sobre um rapaz indiano que passou por um naufrágio e sobreviveu por semanas ou meses, com um tigre chamado Richard Parker. Mais inusitado o nome de PI, que na verdade é Piscina Patel, nome batizado por um tio bem próximo do seu pai, que gosta muito de nadar e tem como preferência uma piscina pública de Paris e resolve homenagear a mesma dando o nome ao filho do amigo. O filme é uma mistura de Naufrago com Forest Gump. Uma curiosidade do filme é que o livro, escrito pelo canadense Yann Martel no qual é baseado foi inspirado no livro do escritor gaúcho Moacyr Scliar chamado Max e os Felinos, que contra a estória de um refugiado judeu fugido da Alemanha cruzando o oceano em um bote com um jaguar. Scliar, que faleceu em 2011. O canadense, por um tempo, foi acusado de plágio. É o meu filme predileto, mas dificilmente vencerá.

A hora mais escura, que conta a estória do assassinato de Bin Laden, uma ficção, uma vez que não acredito que os americanos tenham matado o chefe da Al-Qaeda, é outro filme ufanista e patriótico norte americano. 

Façam suas apostas. A sorte está lacrada desde a última 5ª feira. 

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