domingo, 26 de junho de 2011

LEGIÃO URBANA - METAL CONTRA AS NUVENS

Já que citei esta canção no última post, aqui vai para os que não conhecem (que planeta que vocês vivem?). Essa canção é um épico do rock nacional, basta dizer que é da Legião, mas também por ter uma letra kilométrica (acredito que nunca tenha sido tocada em nenhuma rádio). Faz parte do 5º álbum da banda, intitulado como V, de 1991, se não me engano. É um dos discos mais tristes do rock nacional, chega a ser depressivo, mas, e diria por isso mesmo, é belíssimo. Renato abrindo-se e mostrando suas entranhas.

A letra, obviamente, por se tratar de Renato Russo, é um caso à parte: "a própria fé o que destrói". É uma canção de desesperança, mas que lá no fundo há uma luz no fim do tunel. Basta acreditar! Basta entender o momento. A letra é dividida em 4 partes, sendo a parte II um heavy metal pesado e a parte IV a mais suave; como sempre, com algumas verdades do próprio Renato, mas que não necessariamente são as nossas. Letra enigmática, depende de quem interpreta e do momento em que está passando.

Na verdade não tem muito o que falar, apenas escutar. De preferência em um momento intimista, com um fone de ouvido e com tempo para refletir. Funciona pra caramba!

Aproveite! "... essa é a terra de ninguém e sei que devo resistir, eu quero a espada em minhas mãos!"




Metal Contra As Nuvens

I

Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.

Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.

II

Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.

Quase acreditei, quase acreditei

E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.

Olha o sopro do dragão...

III

É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói

Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.

Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.

IV

- Tudo passa, tudo passará...

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.


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