sábado, 10 de abril de 2010

VOLANTES EM CURITIBA


Dia 1º de abril; Curitiba é a cidade; Volantes é a banda; James bar, no belo bairro do Batel, o point. Nos bandeamos para a linda capital paranaense logo cedo. A hora marcada: 22hs. Chegamos cedo, pois segundo nosso "guia" curitibano Gustavo Picone o James lotava e fazia fila para entrar. Nos hospedamos em um hotel há duas quadras, para irmos à pé. A expectativa era grande, assistirmos ao show da banda mais promissora do rock nacional, em tempos fulgazes como os que estamos vivendo e como dizia Andy Warhol, mentor intelectual do The Velvet Underground (a banda que imortalizou a bela Nico, Lou Reed e John Calle) em sua mais célebre frase In the future everyone will be famous for fifteen minutes (No futuro, toda a gente será célebre durante quinze minutos)- os famosos 15 minutos de fama. Mas a gurizada demonstra (e demonstrou) que estão aí para atingir o grande público, sair de Porto Alegre e conquistar o país, com qualidade, integridade e muita garra e permanecer no mercado pop nacional, não sendo apenas mais uma banda a atingir os faméricos 15 minutos de fama e sumir. Tem consistência para isso.
O James lotou. Aconchegante, palco pequeno (até demais para a parafernália da banda), galera impaciente, esperando para ao que a Volantes vinha. Demorou, mas por volta da 1 da manhã eles subiram ao palco, para deleite dos fãs. Tinha feito uma "aposta" com a Juliana para ver quem acertava a música que eles iniciariam o show. Eu acertei - também acertei a música que fechariam, pela obviedade.

Vitória, que abre o EP, foi a canção escolhida para começar a show. Deu o tom ao clima da noite, com seus acordes
newordianos e letra romântica (mas inteligente, importante deixar claro isso) e criativa. O entrosamento da banda, que demonstrava cansaço pela 1ª turnê fora do Rio Grande do Sul, foi perfeito, o som estava bom, demonstrando boa técnica da banda, como escutar ao vivo as músicas de estúdio, sem perder a qualidade.
Maçã, para deleite da Juliana, veio em seguida e agitou de vez aqueles que não conheciam a banda. No Corredor, Ali, com seus efeitos tecnológicos reforçou o clima newordiano que citei acima e após, a minha predileta, Meu Samba, letra implacável, obra prima de Arthur.

Arthur mandava ver nos vocais, com carisma e muita técnica, votaria nele como melhor vocalista do rock tupiniquim (se tiver alguma eleição desse tipo, muito comum nas décadas de 80 e 90, me avisem), demonstrou sua qualidade; a interação entre ele, Jojô na guitarra, por vezes vocal e Bernard no baixo, foi grande; Ota, no canto, com seus sintetizadores, teclados e etc, isolado, alheio a tudo, o coração da banda, dava o clima do som e por fim, o cara mais esperto da banda, o mais feliz dos 5, Rodrigo segurava a onda na bateria.


A próxima música, Um Pouco Disso, fez pegar fogo de vez, a mais dançante do EP, pôs a galera para dançar. Veio então, como as contradições que vivemos em nosso dia a dia e os opostos que muitas vezes nos deparamos, mesmo em nosso íntimo, a música mais intimista, a acústica Ok#54, com Jojô nos vocais. Intervalo para o resto da banda repor as energias. 126, lindíssima (eu não conhecia a música) e por fim Última (a
Love Will Tear Us Apart volantiana) fechou a noite com chave de ouro.
No final, uma brincadeira, com Jojô mandando ver na música mais indefectível e chata/pentelha do momento, Bad Romance, da tal Lady Gaga, surpreendeu o público, mas divertiu a todos.

Foi curto, faltou As Ruas, a mais radiofônica, mas valeu a pena os 390 km que distanciam Londrina de Curitiba. Ficou o gostinho de quero mais... propositalmente?


Ps¹: valeu Arthur pelo set list.


Ps²: Rodrigo é o mais esperto e o mais feliz da banda porque é o único GREMISTA, no meio dos colorados sofredores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Opine, comente, reclame, grite! Aqui: