quarta-feira, 21 de abril de 2010

TIRADENTES


Hoje é feriado de Tiradentes, o mártir da inconfidência mineira, que é visto como herói e que estudamos nos livros de História e nos bancos escolares. Lembro da Lúcia, minha professora de História no Dino Bueno nos anos 80, dizendo que a aparência que conhecemos dele tinha mais a ver com Jesus Cristo, para mitificar ainda mais o personagem. Outra coisa que lembro é de que ele era dentista e sempre tinha alguma piadinha sobre tira dentes.

Tudo isso me suscita uma lembrança de uma pequena estória (esse já foi título de uma linda música do Nenhum de Nós - só pelo nome da música já vale à pena escutar - do primeiro disco) de primário. Tinha feito uma prova de História do Brasil e uma das perguntas era: quem rezou a primeira missa no Brasil? Não sabia a resposta, mas nunca fui de deixar nada pela metade ou sem ser feito. Sempre fui um cara batalhador, que arrisca (claro que o risco é calculado), mas que não se omite. Então, não lembro se raciocinei dessa maneira, mas provavelmente foi, como tinha a ver com o descobrimento do Brasil, pensei que era coisa de português e como o nome mais comum de português é Joaquim ou Manuel, escolhi o primeiro e lasquei a resposta: Foi Joaquim. Isso foi motivo de piada do meu irmão Fábio por muito tempo. Frei Henrique de Coimbra com certeza daria boas risadas no túmulo ao tivesse acesso à minha resposta. Certamente teria um parente chamado Joaquim, o qual poderia me defender citando essa pequena confusão.

O fato é que essa coisa aparentemente banal, me fez entrar no ginásio com uma vontade de apenas tirar 10, sempre, para provar que eu apenas havia me confundido e que não erraria de forma tão besta como fiz nessa prova de primário.

Lembro que a professora Lúcia, que citei acima, dava um presente (uma lapiseira, uma caneta) para os alunos que tiravam 10 de média e que não tinham anotações no livro negro da sala(não lembro como é que chamava isso, mas ter alguma anotação era algo muito ruim). Eu nunca ganhei nenhuma lapiseira, porque apesar do 10 de média constantemente, também constante era a minha presença na diretoria ou no livro de anotações, por alguma bagunça.
Banal ou não, essa estórinha me veio agora, no momento em que estou corrigindo alguns trabalhos dos meus alunos da Unopar e que estou me preparando para dormir e curtir o feriadão, que graças a Tiradentes, ao seu martírio, nos prestigia com esse descanso mais que merecido (mesmo que nem todos - como no meu caso - tenham essa sorte).

Um comentário:

  1. E se ele estivesse vivo sairia correndo atrás de você para catequizá-lo e instituiria o "Dia do Enforcado", usando seu pescoço como modelo, rsrsrsrsrsrsrs!
    Eu também já fiz algumas confusões.
    Um grande abraço.

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