sábado, 31 de maio de 2014

QUARENTENÁRIO - BRANCO, O MITO DOS MITOS

Branco à direita, com a camisa dos Pistols e
o Renato com a camisa do IMORTAL
Essa semana foi dureza. Sonhei três (eu disse três!) noites seguidas com o Branco, o Rato Branco, baixista da Mayday, codinome do Robson, como vocês, parcos leitores desse blog, já sabem. Não sei o que motivou esses pesadelos, mas muito provavelmente foi a foto que o Renato tirou com o Branco dias atrás e que me mandou (essa que ilustra o post, com o Branco com a camisa dos Sex Pistols.

Engraçado, porque uma das últimas vezes que fui para Santos, estava com a camisa dos Pistols. Porém, há um abismo no estilo da minha com a dele, que é bem mais legal. Sempre fico meio assim de usar uma camisa amarela, como a da Volantes que comprei no show em Maringá. A camisa dos Pistols que tenho é amarelona, da cor da capa do Never Mind The Bollocks, embora algumas versões baixadas da internet aparece cor de rosa.

O Zé Renato também tem a mesma camisa que tenho, dos Pistols e também tem receio de usar por causa da cor, que é muito chamativa. Mas enfim, o Mayday, mesmo longe e afastado há anos, continua em sintonia, curtindo o mesmo som sujo dos tempos de adolescência.

O Branco é o mito dos mitos; é o anti-herói, o cara que ficava no quarto, de costas para a janela, com o baixo no pescoço, ‘tocando’, para impressionar as pessoas que passavam, se é que alguém olhava para a sua janela. Só que o baixo dele não tinha cordas. O Branco era o cara que comprava etiqueta de roupa de marca para colocar nas roupas que comprava de baciada; para quem não sabe, baciada são as roupas vendidas nessas lojas populares, roupas que ficam nas bancadas das lojas, quase na calçada, com preços baixos, como um chamativo para o cliente entrar; o Branco era o cara que por um tempo saiu com uma das gurias mais bonitas do pedaço e como ela pediu diet coke ele também pediu a mesma bebida com a pronúncia errada (dit cuk – kkkk) e achou o gosto horrível; o Branco é o cara que saiu com a guria mais bonita do pedaço, por vários dias, não pegou, não beijou, nem na mão pegou,sem qualquer contato físico por menor que fosse, achou que estava namorando e espalhou para a galera, mas depois levou para casa um “somos apenas amigos”; é o cara que tinha chuteira, treinava na Portuguesa Santista, mas sempre que eu pedia para mostrar, desconversava; que dizia ter uma prancha, surfava, era mais branco que a puta-que-o-pariu (por isso o apelido, claro), demonstrando que pouco ia para a praia, apesar de morarmos há poucas quadras da mesma. E não jogava nada, diga-se de passagem. Era goleiro.

Se for para contar as mancadas do Branco ficaria aqui o dia inteiro. São inúmeras; por isso ele é um mito, um figuraça!

O Branco morava (e até hoje mora) na Senador Feijó, bem no final dessa rua, que começa lá no Centro, esquina com a Vidal Sion, bem na linha do trem; é a última casa da rua; a mesma rua onde a Alessandra da letra que citei posts atrás, morava. Umas duas pequenas quadras depois. Tanto que o Branco freqüentava a mesma padaria que ela e que eu. Eu morava no 144 da Julio Conceição, fazendo um triangulo com a casa do Branco e da Alessandra. No meio da quadra em que a Alessandra morava, só que na Barão de Paranapiacaba (simplesmente Barão para nós) morava o Zé Renato. O Ronaldo morava para cima da avenida Ana costa, em direção ao Centro.

O Centro de Santos, por ser antigo e próximo da zona portuária, é degradado. Se na época da Império, com seus casarões e parte da elite imperial vivendo naquela região, no século XX tornou-se  degradante, pobre e abandonado. A maioria dos prostíbulos de Santos, da prostituição de rua se encontra até hoje lá. Ao contrário das cidades do interior, morar no Centro em Santos não é status algum. O oposto, próximo à praia é que os mais abastados procuram morar. Quanto mais perto da praia, mais status a família tem.

Por perto da zona portuária é onde ficam as boates de prostituição e a zona do meritrício. A rua General Câmara, quanto mais próxima do Porto,tem mais putas por metro quadrado.

Em Santos, as pessoas não falam “vou ao centro” mas “vou na cidade”, provavelmente resquícios de uma época que morar longe do Centro significava morar fora da cidade, na zona rural. Então ir ao Centro significava ir para a Cidade. E ficou até hoje. Tanto que minha mãe, quando vem a Londrina e diz que vai na Cidade e digo que não moro no sítio...

Conheci o Branco no final dos anos 1980; na sétima ou oitava série (meu relógio cronológico usa as séries da escola para me recordar os anos – 1985 , 5ª série, 1999, 3º colegial, 1983 5ª série e assim por diante; algumas vezes uma música me lembra exatamente o ano); nosso anti-herói estava com dificuldades na escola, em Português e Matemática. Estudava no Colégio Independência, uma escola particular que ficava na avenida Conselheiro Nébias, esquina com a linha do trem, onde hoje fica a Fefis, tradicional escola superior de Educação Física que o Renato e o Dentinho estudaram e, por mais fantástico que pareça, se formaram. Hoje ambos são educadores físicos.

Naqueles anos passava pela cabeça quem seria o conselheiro Nébias, quem seria o General Câmara, que dava nome à rua da zona. Será que ele ficaria feliz em saber disso? Será que ele tinha sido freqüentador de tal pedaço de entretenimento? E o Conde D’ Eu, uma viela na parte mais velha do Centro? Era motivo para piada, rua onde o conde deu e coisas do tipo.

O Renato começou estudando Jornalismo na Unisanta. Depois desistiu e foi fazer Educação Física na Fefis. Por ter feito um ou dois semestres de Jornalismo e ter lido uns 10 livros na vida ele era considerado intelectual na turma dele. Por isso, todos os trabalhos teóricos era tarefa dele fazer e ‘bater’ no computador, como dizia na época. Não sei se ele ainda fala assim “bater no computador” ao invés de digitar, mas o pai da Luiza continua com dificuldades na informática, que para ele é coisa de outro mundo. Prova disso é que domingos desses, eu e o Rogério no skype, convidando o Renato para entrar, eu no telefone com o Renato dando o passo a passo para instalar e depois de 1 hora e meia ele descobre que o PC dele não tem câmera. Bah, vai a merda! Foi uma gargalhada só, eu em Londrina, o Rogério em Navegantes e o Renato em Santos. Baita mundão globalizado e sem distâncias. Daí ele pegou o notebook e graças ao João Vitor, filho mais novo do Beto, conseguiu finalmente instalar. Ufa! Nisso já eram mais de 10 horas da noite.

Não sei se o Independência ainda existe. Mas se existe não fica mais no endereço que ficava nos anos 1980. Era lá que o Branco estudava. Ele quase não saia na rua para brincar. Vez ou outra eu o via andando com sua Caloi Cross Extra Nylon vermelha, top da época, só perdia para a Extra Light, pelas ruas do pedaço, mas sem se afastar muito de casa.

O Branco tem uma irmã, que nessa época era casada e que num rompante desses da adolescência, no meio da madrugada, fugiu do quarto e foi acampar com os amigos, onde conheceu o futuro marido e, devido a rigidez dos pais, namorou escondida até engravidar e ser obrigada a casar. Coisas de adolescentes, sempre fazemos as cagadas achando que sabemos de tudo. Mas isso, bom ou não, é a vida, afinal de contas, depois temos histórias para contar. Não fossem esses rompantes adolescentes e eu não teria nada para contar nesse blog.

A educação do Branco sempre foi muito rígida. E como ele havia estudado numa escola ao lado do Dino Bueno, que não me recordo o nome, mas que posteriormente se chamou Marczak, com o Zé Renato da 1ª à 4ª série, suas mães se conheciam. E a dona Margarida, mãe do Branco foi conversar com a mãe do Zé Renato sobre as dificuldades escolares do filho. A mãe do Zé Renato comentou que eu era um cara que entedia de matemática e que poderia ajudar.

E foi assim que eu conheci o Branco, dando aulas de Matemática particular, ganhando uns troquinhos e lanchando nessas tardes na casa dele. Só dei aulas de Matemática, porque em Português nunca fui muito bom. É muito difícil. Ele passou em Matemática e ficou de DP em Português. É o que a minha memória me fala. É o que o meu ego gosta de pensar.

Na sétima série dei aula particular de Matemática para o Erik, que me pagava uma grana, inclusive com essa grana comprei meu primeiro disco, do Capital Inicial, e também para outras pessoas da sala, mais informalmente, no intervalo de uma aula para outra ou mesmo antes da prova, quando todos ficavam desesperados. Meus ‘alunos’ passaram de ano. Meu irmão Renato também tinha dificuldades em Matemática, na 5ª série, esse mesmo ano de 1985. Quem deu aulas particulares para ele foi o Flávio, vulgo ‘Chopinho’ que estudava comigo e era meu amigo desde a 5ª série, tipo melhor amigo, ele e o Zé Renato. Meu irmão reprovou aquele ano, com a temida professora Vilda e o professor particular Flávio gordo. Quem estudou no Dino Bueno naqueles anos sabe bem quem era a Vilda e do que estou falando. Muita gente reprovou diversas vezes com ela, que era extremamente rigorosa. Era o terror do Dino Bueno. A verdadeira ‘bruxa’. Não dava um sorriso em sala de aula, não fazia um comentário agradável, era fria e dura com os alunos. Não demonstrava qualquer emoção e era pouco afetiva.

Na formatura da 8ª série, entrega de diplomas, as mães dos meus colegas chegavam até minha mãe e dizia que eu tinha ajudado muita gente a estar ali. Mas não só com as aulas particulares de Matemática, mal elas sabiam, muito mais com as colas das provas de Matemática, da professora Ângela. Essa sim amada por todos, mas odiada pela disciplina que dava.

No verão do ano que conheci o Branco, de quem só conhecia de vista, meio isolado nos seus passeios escassos e curtos com sua Caloi Cross Extra Nylon vermelha, o Zé Renato viajou para a fazenda dos tios, em Tambaú, interior do estado de São Paulo. E o Zé Renato era meio que intermediário na amizade que eu e o Branco ainda não tínhamos. Sem ele eu não procurava o Branco, talvez por falta de intimidade maior.

Por semanas, sem o Zé Renato, deixei o Branco de lado e não ia chamá-lo para brincar. E aos poucos comecei a achar sacanagem não chamar, coisa de quem não era amigo. Decidi ir chamar, mais por obrigação do que por interesse. Mas todas as vezes, com certo alívio, ele nunca saia, porque ou não estava em casa ou tinha algum compromisso. Depois descobri que ele não podia brincar na rua, os pais o mantinham sob regras rígidas, superprotegiam o guri. E, mais tarde, já devidamente inserido em nosso grupo de amigos, quando saia no sábado, não podia sair no domingo e vice versa. Daí nós íamos escutar um som na sua casa e ficávamos trancados no quarto dele, porque ele não podia sair. E ele tinha o melhor aparelho de som de nós quatro (o Ronaldo já andava conosco nessa época), um gradiente com duplo deck e muitos recursos modernos, um luxo na época.

Por vezes, domingos monótonos, que nem o Branco e nem o Ronaldo estavam conosco, eu e o Zé Renato ficávamos sentados em um muro de uma casa comercial na Afonso Pena esquina com a Conselheiro Nébias (nessa época eu morava na Campos Mello, ali pertinho e o Zé Renato na Afonso Pena, passando o canal 4, onde ele mora hoje) e reclamávamos do tédio que se instaurava, sem o Branco ou o Ronaldo para tirar sarro. Então ficávamos ali, conversando sobre coisas sérias e sem graça lamentando a vida e sonhando com dias mais animados. O Branco estava morando atrás da Gota de Leite, uma creche que fica próximo à Capitania dos Portos, na Conselheiro Nébias. Nessa casa que ele ficava de costas tocando baixo na janela, o baixo sem cordas.

Certa vez, o Branco apaixonado pela Ekatherine, uma greguinha que morava na Barão e que era da sala do meu irmão Renato, também da sala da Alessandra ‘saia pra fora’, contando as maiores lorotas de surf dele, que ia para a praia e nunca levava a prancha (mais um mito do mito dos mitos), sempre a rodeando com suas fantasias, achou que era hora de investir. Nós éramos todos feiosos, adolescentes punheteiros, magrelos e espinhudos, a Ekatherine toda lindinha e delicada, quase puritana (assim gostávamos de pensar nas nossas ‘musas’) não sei como ia para a praia com a gente; não sei como andava com a gente!Então ele resolveu se declarar. Um fanfarrão, isso que o Branco era. A Katy era muita areia para o caminhãozinho de todos nós juntos. Que dirá individualmente.  

Antes dele se declarar, numa dessas andanças sem rumo, estávamos na verdade indo na casa do Erik, que tinha vídeo cassete, tinha revistinha pornô na casa dele, era nossa maior fonte de pornografia da 6ª série, assistir a algum filme mais picante (lembro de ter assistido Oh Calcutá na casa dele) e numa dessas sacanagens de adolescentes pegamos a carteira do Branco. Dentro a cartinha para a Katy. Aquilo foi motivo de sarro para o Branco por semanas.Claro que essa carta nunca chegou às mãos da Katy. Era muito ridícula!

O Erik foi responsável pelo primórdio de nossa educação sexual, com sua coleção infindável de revistas pornôs. Eram as melhores que tinham no mercado, com bom acabamento. No final da Educação Física, que era de manhã, fora do horário de aula normal, íamos em casa para pegar as revistas e trocar. Isso porque eu morava mais perto da escola. Daí em frente de casa ficava aquele alvoroça, a galera toda ansiando pelas revistas novas.

Não posso terminar esse post sem contar a maior mancada de todas do Branco. Já éramos um pouco maiores, talvez 16 anos. Punks e revoltados com o sistema, que não nos dava nada a não ser subempregos que nos exploravam e as angústias de todo adolescente. As gurias não queriam saber de nós, era um pira só. Por isso havíamos montado uma banda, para ver se esse último aspecto melhorava. Mas elas gostavam de surfistas, de ‘boyzinho’ e não de roqueiros.

Nas nossas cabeças revoltadas rolavam muitas idéias rebeldes e terroristas, como fazer bombas caseiras e jogar nas casas dos carecas, dos metaleiros, enfim, praticar a anarquia. Nunca fizemos isso, graças a Deus, mas essas idéias passavam pelas nossas cabeças. Nosso sonho era ter ficha na polícia. Era a coisa mais punk de todas, ser preso e ter ficha na polícia. Mas, tirando essa idiotice, o que queríamos na verdade, era diversão.

E então, depois de muito conversar, muitos sábados à noite na Caneleira (bairro que fica próximo ao morro do Jabaquara, na Zona Noroeste de Santos – as cidades têm zona norte, sul, leste e oeste, Santos tem zona noroeste), muitas bebedeiras dos caras, muitos vômitos e desmaios do Pipa, que bebia pra caralho, vomitava pra caralho, passava mal pra caralho, desmaiava e ficava lá na rua caído, íamos embora deixando ele desacordado e nas manhãs de domingo sabe Deus o que passava pela sua cabeça quando acordava sozinho, com o sol a pino. Por certo nem lembrava do que acontecia. Isso porque não aprendia, no sábado seguinte era a mesma coisa. E no outro e no outro... como já o conhecíamos, íamos embora e o deixávamos na sarjeta. Não tinha jeito de levar aquele brutamontes nas costas e tínhamos que ir embora. E noites e noites de sábado, entre a neura de escutar um som e de sonhar com a banda,com mulheres, diversão e grana, decidimos que faríamos uma festa punk, uma espécie de Começo do Fim do Mundo, um show punk que ocorreu em São Paulo com todas as bandas da época, em Santos, só que sem as bandas, apenas com a galera e música eletrônica, ou seja, disco ao invés de instrumentos musicais.

Os contatos foram feitos, mesmo sem existir internet, a comunicação foi tão perfeita que iriam os caras de Guaianazes (periferia de São Paulo, barra pesada na época) e mais uma galera de Sampa. Estava tudo certo, a família do Branco tinha uma casa que não estava alugada, um sobrado, perfeito para a festa punk, depois a galera dormiria lá e fim de papo. Seria uma noite de muita anarquia e punk rock. Provavelmente com drogas e sexo rolando. Estava interessado no sexo. As drogas nunca me seduziram. Ficava doidão por natureza. Fico doidão sem usar droga, basta o bom e velho roquenroll em decibéis elevadíssimos.

Local da festa acertado, toda a logística preparada, seríamos o anfitrião dos punks de Sampa, uma honra para nós, ganharíamos moral e seríamos chamados para o que rolava em Sampa. Um salto em nossas vidas monótonas. Enfim nossa inclusão social, nossa inclusão no pulsante mundo dos agitos undergrounds. Dias e mais dias organizando, pensando, preparando a logísitca, bebida, som, etcetera. O Branco fez até um moicano. Não esse moicano que é moda hoje, mas o mais agressivo de todos os moicanos, daqueles que o cabelo fica muito em pé, totalmente punk.

Chegando o dia da festa, começamos a procurar o Branco. Ele havia sumido. Vai um, outro, eu, o Zé Renato, todos de uma vez, um de cada vez, na casa do Branco, chamar ele, conversar com ele para combinar e ele não aparecia, os pais sempre inventando uma desculpa. E nós desesperados, porque estava tudo marcado com os caras de Sampa e como a comunicação era mais lenta que hoje, poucos tinham telefone, seria muito difícil cancelar a festa e o mico de receber a galera de Sampa sem festa seria muito grande. Ficaríamos queimados para sempre. Fora o risco de apanhar ou de ficar andando com um monte de malucos pela cidade.

Foi um sufoco! Felizmente conseguimos impedir que a galera de Sampa descesse a Serra. Ficamos queimados para sempre com eles. Não bateram em nós porque não desceram a Serra. Se tivessem descido, levaríamos eles na casa do Branco. Eles invadiriam para pegar o Branco.

O Branco se divertiu com o moicano no dia em que fez. E só naquele dia, porque ao chegar em casa, a mãe pegou pelas orelhas, levou no barbeiro (cabeleireiro era coisa de mulher) para raspar a cabeça. O Branco só foi aparecer na roda tempos depois, quando a raiva de todos já havia passado. Ficou para a história. Mais uma das mancadas do Branco. A maior de todas.


No fundo, naqueles anos, o que fazíamos era afogar nossas mágoas, frustrações e tristezas adolescentes. Nunca fizemos mal a ninguém, nem a nós mesmos. Apenas vivemos intensamente nossa época. E nos divertimos!         

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