domingo, 26 de setembro de 2010

A CHUVA QUE ESSE VENTO TRAZ


É muito bom, depois de tanto tempo, escutar os pingos da chuva na janela e caindo torrencialmente nos telhados, na grama e no chão. Trata-se de um privilégio, mesmo com o fone de ouvido, ao som de Alanis Morisste (Jagged Little Pill - All I Really Want) olhar pela janela e ver esse paisagem do centro de Londrina, que tantas vezes citei aqui, os prédios encobertos pela cor cinzenta da chuva que insiste, contra todos os prognósticos e previsões (que nesse caso, se não forem sinônimos, se tornaram) cair lá fora. Aqui dentro, deitado no sofá e com uma coberta, uma temperatura por ora agradável e por ora quente, mas lá fora possivelmente um ar fresco e gostoso.

Apesar de ser um cara alegre, pra cima e muito positivo (quem me conhece pessoalmente sabe que poucas são as coisas que derrubam meu bom humor), adoro o tempo cinzento, frio e molhado que a chuva traz. Não basta estar cinzento, mas a chuva em especial me fascina, me inspira e me deixa alegre. Esse tempo triste e cinzento me deixa motivado e alegre, um dos tantos paradoxos que me perseguem.

Sempre achei que nasci no país errado, não deveria ter nascido em um país tropical, mas sim em uma das geleiras da Europa, Sibéria, Islândia, enfim, alguns desses países em que o sol aparece algumas poucas vezes durante o ano.

Por um tempo, também já escrevi aqui no blog, tive uma banda (imaginária, mas que existia no papel - paradoxos, paradoxos) chamada Frankstein Boys e a idéia era tocar uma música sombria, proxima à Sister Of Mercy, com as guitarras distorcidas estilo Jesus And Mary Chain, algo próximo àquele som underground do final dos anos 80. Umas das músicas, que me veio à cabeça nesse momento, se chamava Num Quarto Escuro (que cite aqui e nada tem a ver com o disco da Columbia aqui).

E a chuva continua caindo, a música rolando (Alanis Morissete - Forgiven). E o dia seguindo preguiçosamente o seu rumo, sem pressa, iniciando esse domingo relaxante. Nada melhor do que um dia chuvoso para relaxar.

E o vento uivando pelos vãos da janela.

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