domingo, 11 de novembro de 2012

INSÔNIA


Insonia... emendo um filme no outro. O notebook aqui ao meu lado direito; a Juliana dormindo copiosamente à minha esquerda; nos intervalos de cada filme escuto um som para lavar a alma, purificante. Enquanto escrevo esse post rola na vitrola Émile Simon, trilha sonora do filme A delicadeza do amor; a canção é a baladassa I Call It Love. 

Os pensamentos voam; ora vem coisas boas à cabeça; ora coisas nem tão boas, desafios, dificuldades, enfrentamentos que somente eu poderei fazer. E a criatividade passa longe. Algumas décadas e eu pegaria o violão, abriria a janela da sala, no ap da Campos Mello em Santos (que tinha uma bela vista) e escreveria uma canção. Hoje penso em continuar meus dois projetos que pararam no primeiro semestre. Se fumasse, acenderia um cigarro e faria uma bebida forte; como não bebo, vou até a geladeira pegar um copo de coca cola geladíssima. 

E na vitrola continua a doce voz de Émile: See Emily Play. Sid Barret que o diga!

Levanto novamente; vou ao banheiro; a coca fazendo efeito. 

Daqui a pouco o sol vai aparecer, promovendo e confirmando o novo dia que nasceu desde às zero horas. Tem sido assim as madrugadas de sábado. 

Isônia...
 
Quando o sol nasce
Meu pescoço está apertado
Amarrado por aquela gravata

Quando o sol nasce
Meu corpo está cansado
E não tenho vontade de levantar

Meu celular insiste em tocar
Me chamando para levantar
Não vou mais me importar
Com o tempo que quer me escravizar
Mas não vou mais me importar
Com o tempo que insiste em me escravizar

Quando o sol se vai e a lua aparece
Meu pescoço está apertado
Pela mesma gravata no pescoço

Quando o sol se vai e a lua está no céu
Meu corpo cansado
Me dá a mesma sensação de morte

E Meu celular insiste em tocar
Me chamando para levantar
Não vou mais me importar
Com o tempo que quer me escravizar
Mas não vou mais me importar
Com o tempo que insiste em me escravizar

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Bem, Émile Simon está terminando de rolar na vitrola. Vou voltar para mais um filme. Desta feita um brasileiro, indicado pelo Victor: Histórias de Amor  Duram Apenas 90 Minutos. E, como um vampiro, quando o sol começar a nascer, fecho os olhos e durmo um pouco o merecido sono dos inocentes.

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