domingo, 8 de novembro de 2009

RESILIÊNCIA

A palavra resilência é oriunda da física como sinônimo de transformar a energia de um problema em uma solução. Está aí no google, busque e verás isso como resposta ao termo. Hoje em dia, muito em moda na administração de pessoas, principalmente pela psicologia, como uma forma de buscar forças no sofrimento psiquico existente na organização do trabalho e no choque de culturas e valores nas relações de trabalho. De uma forma indireta, é a capacidade das pessoas se adaptarem às pressões e ao stress da vida organizacional moderna. A resiliência é então, a capacidade para superar a adversidade, um recurso de enfrentamento que permite transcender perdas e sobreviver ao stress.

As caracterísitcas que os resilientes apresentam são de otimismo, confiança, perseverança, habilidade para resolver problemas, flexibilidade. Legal. Mas como ser resiliente? É possível desenvolver essa preciosidade? Particularmente acredito que sim e o primeiro passo é ver os problemas sob uma ótica positiva, não se abater no primeiro revez, perseverar. Embora a resiliência tenha carga genética e dependa de um ambiente que forneça fatores de proteção.

Cada vez mais são cobrados resultados dos trabalhadores; como o perfil do trabalhador do presente e do futuro é de flexibilidade, facilidade para aprender, criatividade, perseverança (percebe a semelhaça com o resiliente?) entre tantas outras características comportamentais e capacidades que estamos cansados de ouvir, não é possível mais ter o controle absoluto sobre o trabalhador. Se o controle fosse o mesmo de 30 anos atrás, não seria possível desenvolver as características citadas. Portanto, aquele controle rígido não existe mais, porém, hoje o controle é sutil, é dado ao trabalhador a falsa autonomia de trabalho. É o que se convencionou chamar de controle da subjetividade. Assim, a culpa dos resultados negativos nunca é da empresa e sim do próprio trabalhador. Ele se cobra tanto que se sente culpado por não apresentar os resultados esperados ou por não ter o perfil que a empresa necessita.

Por que essa mutação no mundo do trabalho? Nossa, em poucas linhas será difícil explicar, mas a globalização geradora de uma concorrência voraz (nossa como utilizo adjetivos exagerados), moldou esse perfil. Dizem os marxistas que o capitalismo se transforma toda vez que se sente ameaçado. E para não perder espaço sofre mutações ao longo da história. Faz sentido.

2 comentários:

  1. O endereço do blog me instigou a vir dar uma olhada! :D
    Este tema realmente tem um grande desdobramento, sendo super válido pesquisar e debater sobre.

    abraços

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  2. Olá Renato. Pois é, apesar de psicólogo e o nome do blog ser inspirado em um artigo de Freud, pouco escrevo sobre psicanálise, rsrsrs. Mas a idéia é fazer uma salada mesmo. Grande abraço.

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