sábado, 14 de novembro de 2009

HERBERT DE PERTO

Acabei de voltar do cinema. Fui assistir ao filme Herbert de Perto, uma espécie de documentário sobre a vida do frontman do Paralamas do Sucesso. Foi interessante lembrar de coisas que vivi, bandas dos anos 80, época em que o rock nacional estourou. Lembrei, enquanto assistia, ao que escutava na época, bandas gaúchas como Replicantes, Nenhum de Nós, TNT e Engenheiros do Hawai. Lembro que fui no primeiro show de Humberto Gessinger & Cia na baixada santista, ainda com Humberto na guitarra e o baixisa Marcelo Pitz, que saiu logo após o primeiro álbum. Até arrumei uma paquera nesse show, que era louca pelo Carlos Maltz, baterista da banda. Esqueci de falar que escutava muito Defalla, a minha banda predileta de Porto Alegre nessa época. Também escutava as bandas mais famosas, que tocavam nas rádios de todo o país, como Capital Inicial (meu primeiro disco comprado com o meu dinheiro ganho de umas aulas particulares de matemática, já fui bom nisso...), Plebe Rude e Legião Urbana, além da febre do final dos 80, os Titãs. Paralamas nunca fui muito fã, lembro de dizer, quando eles mudaram um pouco as características musicais e viraram o xodó da crítica, que eles eram bem melhores quando imitavam o Police. Mas também fui a um ou outro show deles.

Fiz esse preâmbulo, até de certo ponto longo para um blog, porque era nisso que eu pensava enquanto o filme corria na tela. Em se tratando do filme, confesso que me decepcionei. Esperava um pouco mais de detalhes do começo da banda e das bandas com quem eles conviveram no início. Até mostraram algo, mas de uma forma muito superficial. Focaram mais na recuperação e no exemplo de força de vontade e perseverança que Herbert teve para dar a volta por cima.

Uma coisa que me marcou foi a fala da mãe dele, comentando sobre quando o vocalista dos paralamas voltou do coma dizendo que havia encontrado com Lucy (sua esposa, que morreu no acidente que o deixou paraplégico) em um caminho e esta informou que não era para ele seguí-la, uma vez que ela havia morrido e ele teria uma missão e não poderia morrer nesse momento. Delírio ou não, diálogo romanceado ou não, achei uma passagem bonita do filme.

Para os fãs, imperdível, para quem curtiu os anos 80, idem. Para quem gosta de música boa, dou o mesmo conselho. E se queres assistir a um documentário bem feitinho, que mescla imagens do passado e do presente, vale a pena conferir.

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