sexta-feira, 21 de setembro de 2012

VMB 2012


Grande decepção o VMB 2012. Não que eu espere muito de alguma premiação de música, mas a decepção fica por conta da prostituição da mídia em relação à musica de péssimo gosto (poderia falar duvidoso, mas o adjetivo aqui utilizado é o mais adequado). A primeira constatação da vergonha qua assola a mídia musical em geral, voltada ao mais popularesco, no sentido mais pejorativo que a palavra possa ter, foram as chamadas no canal musical, mostrando que uma das indicações para artista do ano era uma tal de Gabi Amarantos. Depois fui saber que ela é conhecida como a rainha do techno brega, alguma coisa nesse sentido. Alguém dirá: como esse cara é preconceituoso; na verdade muitos alguéns dirão isso; se ser crítico é não querer ser massificado pela mídia, é querer escutar um som por vontade própria e não pela pressão popularesca, é ter gosto próprio, então sou preconceituoso. Sempre me recusei a gostar dos hits das rádios, mesmo nos anos 80, quando ainda existiam mais rádios rock's do que hoje (está virando raridade), sempre detestei rádio, porque eu não podia escolher a canção que tocaria. Pensava nos caras dizendo: "ouve essa porra e cala a boca! Nós que escolhemos teu gosto musical, otário!"

Então sempre acabava sendo o chato, o ET, que gostava de música que ninguem conhecia, ou ao menos a maioria; hoje, conversando com o Victor, ele tem a mesma sensação que tive na adolescência, pois a história se repete: ele anda curtindo Bob Dylan, Joy Division (de montão), Beatles, Mutantes, Jupitar Maçã, Doors, Jimy Hendrix, Led Zeppelin, Smiths e tantos outros monstros sagrados do bom e velho rock and roll, e como eu, ele é visto como um cara fora do seu tempo, porque a galera quer mesmo escutar sertanejo universitário e funk, música brega, enfim, o que estiver na moda.

E a moda é escutar música brega, é ser brega... vide a novela da globo, que só toca música brega, que é legal ser brega, é o que há. Quanto mais burrro e brega, mais legal. E como sempre, a novela das 8, hoje das 9, faz a cabeça da galera em todas as áreas, como se vestir, como se portar, como se portar.

"Essa massificação
Me diz o que devo fazer
O que devo comprar
O que devo vestir
O que devo falar
O que devo pensar"

Mas falava então, antes desse preâmbulo, sobre o VMB 2012. Além das chamadas demonstrando a tal rainha do techno brega (seja o que diabos isso signifique - e eu digo diabos, porque algo que tenha o mal gosto musical só pode ser coisa do demo, apesar de Raulzito ter dito certa vez que  "... o diabo é o pai do rock..."), ontem, zapeando antes de dormir, me deparei com a MTV e a premiação do VMB. Logo que parei no canal, veio uma dupla (não sei se sertaneja ou sabe Deus - ou melhor seria - sabe diabos do que se trata aquela merda) cantando tchu tcha. Me passou pela cabeça "vá à merda"! E mudei de canal. Virei de costas e dormi. Não sem antes de lembrar da Natália Klein no seu 'Adorável Psicose' que ao zapear, conta até 3 e se não aparecer nada de interessante na telinha, muda de canal, acreditando ser esse o tempo necessário para saber se o programa vale à pena ou não.

A única coisa que me interessava era saber se o Vanguart seria premiado ou não. Mas como achei o episódio ridículo, resolvi que não queria mais saber de nada. E assim o fiz, nem sei quem ganhou ou perdeu. Melhor nem saber, para não me decepcionar ainda mais. E já que hoje começou a 14ª Mostra de Cinema de Londrina, vou me atirar em um final de semana totalmente na 7ª arte; e claro, com muito rock and roll. Na veia! Basta dizer que o primeiro filme que vou assistir, amanhã às 13hs30min se chama "Hiroshima" e conta a história de um carinha que canta em uma banda de rock.

E que Deus salve o Rock!

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