sábado, 17 de outubro de 2009

Essa madrugada assisti ao filme "Ghosts of Girlfriends Past", que no Brasil foi chamado "Minhas Adoráveis Ex-namoradas". A insônia me atacou; toda vez que acordo cedo acontece isso, acordo cedo demais e fico a toa, pego um DVD qualquer, que às vezes nem vale à pena, coloco para 'rodar'; no meio da noite é tipo aquela coisa "a noite todos os gatos são pardos", seja o que for que isso queira significar. Mas ao filme, pois é dele o assunto.

Sim, é um filme americano, desses com todos os ingredientes para fazer sucesso, bem filmado, com boa fotografia e uma dessas estórias melosas que os apaixonados adoram, sem muita criatividade. Com uma tônica moralista, utiliza dos clichês sórdidos que um filme 'sentimental' possa apresentar. Aquela velha máxima, o vazio de nossa existência e o balanço que fazemos em nossas vidas nesses momentos vazios. Esse é o entrée, o prato principal do filme.

E o artifício de voltar ao passado, que fizeram de "Peggye Sue" uma das obras primas de Coppola aqui não funciona. Se torna piegas e com mal gosto. E a moral do filme? Bem, é aquele velho papo que somos bombeados incansavelmente nos livros de auto-ajuda ou nas palestras motivacionais de um showman qualquer da moda: sempre podemos mudar o nosso destino, desde que não desperdicemos os pequenos indícios que se apresentam em nosso dia a dia rotineiro.

O final, bem o final é aquele mesmo, previsível nesse tipo de filme que é feito para ganhar as bilheterias. Uma baboseira romântica que não vale à pena perder tempo, a não ser que esteja no meio da madrugada, sem ter nada melhor para fazer, solitário e insone.

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