sábado, 29 de novembro de 2014

CHAVES...


Hoje acordei chorando. Mas não chorando com as lágrimas nos olhos... com o coração apertado e triste. A notícia da morte do Roberto Bolaños, nosso eterno Chaves e Chapolin, só caiu a ficha agora. Acordei e estava lendo a repercussão no mundo de sua morte. Incrível como os personagens tão bobos e tão inocentes, um programa extremamente trash, possa ter tanta adoração. 

O Chaves é uma unanimidade no Brasil. Não conheço ninguém que não tenha se divertido com suas histórias repetidas à exaustão pelo SBT. E mesmo sabendo o que vai acontecer, mesmo sabendo o que ele dirá, caímos inocentemente na risada. Fico abismado em como é passado de geração para geração esse entusiasmo, essa veneração. Meu sogro era apaixonado pelo Chapolin, pelo Chaves; eu idem, meus filhos têm o mesmo sentimento... ou seja, os adultos, as crianças, todos têm essa verdadeira idolatria. Ainda hoje, quando consigo chegar em casa cedo, quando o trânsito me permite, quando meus treinos de corrida permitem chegar perto das 18 horas em casa, zapeando a televisão para encontrar algo decente para assistir e encontro o Chaves, começo a saborear suas traquinagens, como que hipnotizado.

Lembro até hoje a primeira vez que assisti ao programa do Chaves. Foi no final dos anos 1980, provavelmente 1989. Antes disso, não pegava o SBT em casa, eu morava em Santos nessa época. Coloquei no SBT e estava passando aquele programa tão trash que resolvi deixar, curioso para ver no que iria dar. De repente o seo Madruga leva um tapa da dona Florinda, não tem reação, mesmo estando com a razão. Aquilo me deixou revoltado. Pensei que ele se vingaria e fiquei esperando sua reação. Mas dali a pouco, lá estava novamente levando safanões da mesma. E seguidas vezes. E mais outra. Fiquei com aquele sentimento de injustiça. A partir dali, comecei a assistir todos os dias o Chaves. Me viciei.

E logo veio o Chapolin Colorado, tão hilariante, tão viciante quanto. Um episódio que jamais esquecerei, dentre tantos outros, foi quando ele lutou com um boneco mumificado e ainda levou umas bordoadas. Aquilo foi hilariante. 


Sempre desejei muito assistir a novos episódios do Chaves... com o Kiko, a Chiquinha, a dona Florinda, o professor Girafalis e principalmente o seo Madruga. Mesmo assim, nunca cansei de assistir inúmeras vezes os mesmos episódios, as reprises incessantes.

Ele se foi. Chaves se foi. Chapolin foi para o céu. Nosso herói, Roberto Bolaños se foi. Nos deixou aqui, órfãos de sua genialidade inocente, órfãos das trapalhadas dos seus personagens. 

Adeus gênio! 

Obrigado por nos fazer eternas crianças. Todos sabemos que o teu legado aqui na terra, enquanto houver crianças inocentes, enquanto houver uma criança inocente dentro de cada um de nós, não importa a idade, viverá, eterno! Nada é eterno, a não ser a obra prima dos gênios, que permanece na memória de todos os que ficam por aqui.

Deus te receba bem! 

Depois de tanta alegria que nos deu, deixou nosso plano mais triste e o céu mais feliz com a tua chegada.    

Descanse em paz eterno Chaves!

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