Relembrar coisas da família, as origens, conhecer coisas novas dos antepassados e ouvir histórias antigas sob um novo prisma, foi um exercício legal, que um final de semana foi pouco. Nos despedimos com a intenção de nos revermos em breve.
O tio Luiz me enviou um "causo" pela internet muito engraçado, dos nossos ancestrais, que compartilho aqui com os meus parcos leitores:
“FLORIANO, MARIANO, LAUDELINO E O GURDA CHUVA”.
Numa noite muito escura, após uma tarde muito chuvosa, recebemos em nossa casa, em Cruz Alta, lá pelos anos quarenta (1947), a visita do primo Floriano Dutra e o Tio Nenê (Mariano Silveira de Quadros). Após o serão familiar, que deve ter sido marcado por "causos contados" pelos três personagens, lá pelas 10 da noite (avançada hora para a época), depois de alguns tragos para aquecer o peito resolveram os visitantes irem embora juntos, já que moravam para o mesmo lado. Por cortesia o Seu Lau resolveu acompanhá-los até um pedaço particularmente ruim, que era a passagem dos trilhos "de Ijuí". Ao chegarem ao tal local (conhecido como “Chafariz”, porque havia um onde se tirava água e as mulheres lavavam roupa) o Floriano informou que havia perdido o guarda-chuva na escuridão. Vai daí que começaram a querer acender um fósforo para facilitar a procura. O vento era forte. Na tentativa derrubaram um fósforo no chão. Então acenderam vários outros para procurar o palito perdido. Nessa luta gastaram todos os fósforos e não encontraram o guarda-chuva. Resolveram então se despedirem ali mesmo. Os dois seguiram adiante e o seu Lau voltou para casa e contou o tal caso para a platéia ávida de novidades. Todos acharam o fato muito engraçado, mas lamentou-se a perda do guarda-chuva do Floriano.
O mais engraçado foi o que se soube dias depois: ao chegar a casa, á guiza de desculpas da demora, foi contando á sua mulher, a Laura,o que havia ocorrido e como ficaram muito tempo procurando o guarda-chuva. Como a Laura o fitasse com ar incrédulo e recriminativo o Floriano jurava de pés-juntos que era a pura verdade. Foi então que a Laura olhando seriamente pra ele perguntou: “E o que é isso que tens no braço?” Como havia parado a chuva o Floriano havia pendurado o guarda-chuva no braço e, com a cuca cheia de tragos, havia esquecido o fato e nem se deu conta do pindurico.
Este fato sempre foi relembrado a família e sempre davamos boas gargalhadas.
P.S.: estou no meio de uma prova da pós. Ao som de Radiohead. Tentando refletir sobre a questão curricular dos cursos profissionalizantes, saindo fumaça da cabeça.
Ai, ai, ai, Márcio! Queimando a cabeça estávamos nós e ainda curtindo o mesmo som que vc (estava altíssimo) e acompanhando as suas batucadas com o pé. Bem fez a Juliana de mudar de lugar. rsrsrsrs
ResponderExcluirLegal o causo.
Abraços
Sônia Carreri
Ainda bem que a Sônia foi solidária!
ResponderExcluirbah, vocês não sabem o que é escutar uma sonzeira, a coisa sai do controle. Radiohead no meio da prova, a empolgação vai aumentando a cada rife de guitarra, a cada verso da canção... impossível se controlar...
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