sábado, 4 de junho de 2011

TÃO CURTO O AMOR E TÃO LONGO O ESQUECIMENTO


"Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo. Isso é tudo.
Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo."

(pablo neruda)

SOBRE O TEMPO


Sobre o tempo é uma canção da banda Nenhum de Nós, que ficou conhecida nos anos 80 pela canção Camila, Camila. Naqueles tempos quando ninguém conhecia a banda em Santos eu já estava com o primeiro disco deles em casa (que tenho até hoje, uma bela capa); a vida também era outra, não existia internet e nem computador, eu mesmo compunha em uma velha Lettera 22, que apareceu em casa, uma máquina de escrever (uma o quê? - diria o Tety). Outro dia, voltando da academia com o Tety, estávamos falando sobre isso. Tenho trocado muitas idéias com o Tety, são conversas meio loucas, ele escutando um som no celular dele (nos anos 80 não existia celular e nós sobreviviamos - e muito bem, obrigado) e eu escutando outras músicas no meu, mas falando sobre o que vem à cabeça, ora reclamando do cansaço que a musculação nos proporciona, ora lembrando de algumas coisas da infância dele, intercalado por histórias hilárias dele e dos amigos, enfim, jogando conversa fora, uma delícia de conversa entre pai e filho, coisa que nada pode comprar, o prazer e a felicidade que esses momentos podem trazer. Não há comparação na vida para descrever isso. Nem a melhor relação sexual, nem o IMORTAL sendo campeão mundial.

Muitas vezes estou contando para ele os meus "causos" de quando eu tinha a idade dele e junto com Zé Renato, Branco, Ronaldo e a galera da Rua São Paulo (os meninos da Rua Paulo) o que (tentavávamos) fazíamos para nos divertir naquela época.

Como é de conhecimento de muita gente, praticar exercícios libera serotonina, um hormônio que causa sensação de prazer. Eu amo a serotonina, rsrsr. Por isso pratico muito exercício, a semana inteira, 7 dias na semana. Muita gente deprimida toma fluoxetina para liberar serotonina, mas deveriam praticar exercícios, mais barato e saudável, além de ser uma forma de conviver com mais pessoas. Uma solução inteligente, sair do casulo que o deprimido se coloca e se cercar de pessoas. Sei lá, cada um com sua neura. Acho que por isso sou um cara alto astral, devo ter níveis altos de serotonina no meu cérebro. Descobri nessa paixão pela serotonina, tempos atrás, que alguns alimentos como banana, tomate, chocolate e até o vinho são ricos num troço chamado triptofano (e olha que eu odiava as aulas de psicofarmacologia) que auxilia na produção da serotonina. Acho que é isso, rsrs. Como eu sou de comer muita banana e tomate, acho que tudo isso ajuda a manter o meu bom humor. Chocolate e vinho, de vez em quando.

Nos anos 80, quando era office boy e jogava o meu bate bola na praia aos sábados, além de correr na mesma algumas vezes na semana, a minha amiga serotonina estava lá, sendo liberada nas sinapses. Isso fazia fluir o pensamento e reflexões, na verdade eu vivia (vivo) dopado de serotonina. E minhas reflexões ocorriam a todo momento, tudo ao mesmo tempo, condensado, como na linguagem dos sonhos. E às vezes, no meio de uma caminhada no calçadão da praia, no meio do expediente de trabalho, vinha a inspiração. Carregava entre as contas para pagar e os documentos para entregar nos locais que visitava, um bloco de notas, caneta e papel. E lá ía eu, sentar em um dos bancos da praia, escrever sobre o que vinha à cabeça, coisas tolas de adolescente, que me fizeram ser o que e quem sou hoje.

Muitos anos se passaram. Hoje passo a minha experiência para esse guri lindo que é o Tety e alguma coisa para o Gui (vai chegar a hora dele voltar comigo da academia - eu sempre estarei lá, eles seguindo a vida deles). Penso que daqui a 10 anos estaremos em outro mundo, outra vida. Quem estará nos acompanhando? Com quem nos relacionaremos? O pessoal da academia, Luizinho, Fernando, Allan, Antônio, Rafa, será que estaremos no mesmo universo? O pessoal dos anos 80 estão em outro universo, o universo paralelo dos anos 80. Zé Renato, que mora próximo à casa da minha mãe em Santos, ainda tenho algum contato; Branco há tempos que não encontro e o Ronaldo se perdeu no mundão; o Dentinho sei notícias dele, mas a última vez em que estive em Santos não o encontrei; os meninos da rua Paulo... na rua São Paulo o progresso destruiu o muro em que ficávamos (foi triste e dolorido quando passei pela rua e não vi mais nosso muro), ou seja, apagaram um pedaço da nossa história; aqueles guris da rua São Paulo também se perderam no mundão. Estão em um desses universos paralelos.

Quantos universos paralelos existem um uma vida de 39 anos? Onde estaremos daqui a (será esse'a' craseado ou do verbo haver?) 10 anos? Com quem estaremos convivendo? Como fazer para voltarmos a um desses universos paralelos que vivemos? E as pessoas que estão neles, nunca mais encontraremos? E se encontrarmos serão as mesmas pessoas ou já serão outras, com outros valores, desejos e objetivos? Vai ver elas ficaram no universo paralelo e hoje são outras pessoas. Eu devo ser outra pessoa. Aquele eu deve estar num desses universos paralelos. Quem me encontrar hoje, a galera do Dino Bueno (Cleber, Quinda, Flávio, Márcio Ateu, Raimundo, Alexandre, Marcus Wander) me achará diferente, não mais velho, mas outra pessoa. O Márcio Crânio do Dino Bueno ficou no universo paralelo dos anos 80.

Fecho os olhos. Vejo o mundo nú, desnudo, crú... a violência, a estupidez... o passado vem à tona, revive, se torna presente. Talvez essa seja a única forma de fazer uma viagem no tempo, lembrando daquilo que vivemos e com quem vivemos. Que em algum lugar do universo ficou guardado, em uma caixinha de histórias para contar para nossos filhos... histórias para desfrutar com o Tety (e com o Gui), quando estivermos voltando da academia. Na ponta dos olhos algumas lágrimas que insistem em não cair (- homem não chora meu netinho) denotam a emoção de cada momento, do passado, do presente e do futuro. Onde estaremos? Com quem estaremos?

quinta-feira, 2 de junho de 2011

CAETANO VELOSO - O LEÃOZINHO

Continuando a sessão nostálgica do bar cultural, na Unesp de Assis, do início dos anos 90, outra música que estava sempre entre as mais tocadas estava O Leãozinho, também de Caetano Veloso. Aliás, quando entrei na faculdade, em 1991, que comecei a escutar algumas coisas diferentes, fora do eixo Punk Rock e Rock'n'Roll; MPB passou a frequentar o meu walkman, algumas coisas do pós punk, sem preconceito.

Um fato triste, a última vez em que estive no campus de Assis da Unesp notei que o tal bar cultural não existia mais, ou seja, a história de muitas vidas estava apagada com o fim desse espaço de diversão e de encontro de uns malucos da psico, história e letras, pois na época poucos da biologia se misturavam aos doidos desses três cursos. Puro preconceito... ou realidade... sei lá, mas havia essa divisão.

Abaixo a bela canção de Caetano. Perceba no início do clipe, na entrevista, um Brasil completamente diferente desse em que vivemos. Pensando bem, era outro mundo, o final dos anos 70; quanta coisa mudou, para o bem e para o mal.


terça-feira, 31 de maio de 2011

CAETANO VELOSO - LUA E ESTRELA

No último dia do 5º mês do primeiro ano da 2ª década do século 21, resolvi postar aqui a lindíssima canção de Vinícius Cantuária, imortalizada na voz de Caetano Veloso. Em abril de 1991, depois de conhecer a Juliana numa noite de manifestações dos caras pintadas no campus da Unesp de Assis, fomos para São Paulo para nos unir a tantos outros estudantes e fazer uma passeata e grande manifestação contra o então presidente Collor de Mello. A volta para Assis foi ao som dessa canção, seguidas vezes, meio melancólico, pensando em você e ficando com saudade. Hoje estava com essa canção tilintando na cabeça, acordei com ela no pensamento. ar Essa era uma das minhas canções preferidas que a galera tocava no bar cultural do campus, aquele que ficava no subsolo do prédio de letras, após descer por uma escada em formato de caracol. Bela lembrança... regado a cerveja e maconha... no meu caso, apenas uma coquinha, daqueles tempos de garrafinha de vidro de 290ml.





Lua e Estrela

Menina do anel de lua e estrela
Raios de sol no céu da cidade
Brilho da lua oh oh oh, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade

Manhã chegando
Luzes morrendo, nesse espelho
Que é nossa cidade
Quem é você, oh oh oh qual o seu nome
Conta pra mim, diz como eu te encontro
Mas deixa o destino, deixe ao acaso
Quem sabe eu te encontro
De noite no Baixo
Brilho da lua oh oh oh, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade


domingo, 29 de maio de 2011

PASSAGEIROS DO TEMPO - A ENTREVISTA


Dia desses, num desses bate bola de domingo, conversei com o Mateus e o Set sobre fazer uma entrevista para o blog. A idéia é divulgar as bandas de Londrina, que lutam para manter viva a chama do Rock alternativo na cidade, mesmo que os espaços de shows da cidade só abram para bandas cover ou os consagrados no underground nacional.

O resultado dessa idéia é a entrevista abaixo, que rolou entre trocas de e-mails e conversas no twitter. Baixe aqui o CD de estréia (Paz, Poesia & Protesto) e deixe o som da banda de pano de fundo. Boa diversão!

Em tempo, dia 30 de julho na Vila Cultural Cemitério de Automóveis!

Muito Além do Princípio do Prazer: Como surgiu a banda?

Mateus: Nós três vínhamos de varias bandas covers, e estávamos de saco cheio, foi quando tivemos a idéia e a necessidade de montar a banda, eu já tinha tocado com os dois (Set e Montanha) em outras bandas. Eles ainda não se conheciam mas foi química de primeira. A banda surgiu no final de 2008, mas a data que oficializamos como aniversario da Banda é 26 de Janeiro (2009).

M.A.P.P. - Qual a formação atual da banda?

Mateus: a formação é a mesma do início.

Mateus Amanai - Guitarra, Baixo, Violão, Harmonica e Vocal (principal)

Set Jr - Guitarra, Baixo e Vocal

Carlos Montanha - Guitarra, baixo, violão e Vocal

Juntou-se a nós Diego Verme na bateria e João Bob na percussão, mas estes não fazem parte da banda.

M.A.P.P. - Qual a inspiração para o nome da banda?

Set: I don’t know, kkkk. Com a Palavra Mateus.

Mateus: Fui levado por Ets que se diziam Passageiros do Tempo...rsrsrs Essa parte do nome foi bem difícil, mas uma frase que talvez responda o sentido do nome seja “O melhor de tudo isso é a viagem e não a chegada” do Capital Inicial! Ou talvez “É caminhando que se faz o caminho” do Titãs.


M.A.P.P. - Vejo que a formação de vocês passa pelo rock tupiniquim. Além das bandas citadas, que outras vocês escutam desse lado da linha do Equador?

Mateus: Um bando de bandas, rsrsrs. Mas essas que fizeram parte da formação musical de um zilhão de pessoas e também de várias gerações como Legião Urbana, Barão Vermelho, Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial, Ira, Titãs, Biquini Cavadão, RPM, Charlie Bronw Jr, Paralamas do Sucesso, Pitty, Vera Loca, Cidadão Quem, Nenhum de Nós, Jota Quest, Rosa de Saron, Roupa Nova, Ultrage a rigor... e por aí vai. Provavelmente esqueci varias! hehe.

M.A.P.P - Já que tocaram no assunto, há algum misticismo no ar? Ou é aquele velho e belo ditado que todo cara incrédulo diz: não acredito em bruxas, mas que elas existem, existe? rsrsrs.
Mateus: Cara, não rola um lado mistico não, mas eu sempre gostei de deixar o ambiente de trabalho numa vibe boa, alem da vibe da banda saca? As vezes pouca luz, uma bebida, um por de sol faz toda a diferença. O clima é outro e a inspiração vem naturalmente.

M.A.P.P. - Como é o processo de criação da banda? Quem é o principal compositor da banda?

Montanha: Todos os três compõem muitas vezes juntos, mas também separados, o principal compositor é Mateus e grande parte do cd "Paz, Poesia e Protesto" é composta e tem os arranjos criados por ele. Mas também é um cd que contém musicas de nós três.

Set: O principal compositor é o Mateus, mas eu e o Montanha temos musicas nossas e algumas participações nas composições, tem musica feita com todos juntos musica feita pela internet, enfim, temos aproveitado bem nossa criatividade.
Mateus: É por aí mesmo.

M.A.P.P. - Mateus, como principal compositor, qual a fonte de inspiração? O lance vem naturalmente ou há um ritual especial para sair uma canção, uma letra?
Mateus: A maior fonte de inspiração para mim é o dia a dia, muita banda nova diz que rock de poesia/protesto é coisa anos 80, que em 2011 não tem ditadura e tal, não tem porque protestar, que o lance é o amor... Aí penso comigo, toda essa violência e corrupção? Não são assuntos para serem discutidos? Gosto de escrever de uma forma que todos possam entender, todas as idades. Gosto de compor sozinho, às vezes peço ajuda aos meus companheiros quando aquela frase não vem por exemplo; todas as musicas são feitas no violão, escrevo a letra primeiro. A composição vem a qualquer hora, não forço, deixo ela me levar, todas as vezes que sentei e pensei "vou escrever uma canção" não rolou, fica muito artificial.

M.A.P.P. - O CD de estréia é bem roqueiro, lembra Barão e Cascavelletes (sem as letras pornográficas, rsrsrs) e porque não, os bons tempos dos Stones (fonte de referência das bandas citadas (como por exemplo as canções O Meu Samba é Assim, Liberdade, Viver, entre outras). Quais as influências da banda como um todo?

Montanha: Dentre muitas influências estão o Barão Vermelho, Foo Fighters, Guns'n'Roses, Capital Inicial, Charlie Brown Jr, entre tantas outras vertentes do rock.

Set: particularmente cresci escutando Legião Urbana, Capital inicial, Guns, Green Day entre outras milhares de bandas.

Mateus: No momento as bandas que mais ouço são Foo Fighters e O Teatro Mágico, o que tem em comum? Música BOA. Mas a banda que talvez mais me influenciou e ainda influencia seja o Engenheiros do Hawaii, quase todo o Rock Nacional dos anos 80, e também, Guns, AC/DC, Velvet Revolver, U2, Stone Temple Pilots, Queens Of The Stone Age, Them Crooked Vultures, Eric Clapton, Jimi Hendrix, Alter Brigde, Chinkenfoot, John Mayer, Red Hot Chili Peppers... essas, claro, são algumas! hehehe


M.A.P.P. - Vejo que Foo Fighters é uma unanimidade na banda, rsrsrs. O rock nacional dos anos 80 também. Antigamente as bandas não citavam o rock nacional como referência... londrina é uma cidade ingrata para quem toca rock e pouco espaço há para bandas que tocam repertório próprio. Por isso está infestada de covers e sertanejos. Estes, por sua vez, não são vistos cantando cover e sim abrem seus espaços com composições próprias. Como vocês vêm isso?
Montanha: vejo isso como falta de oportunidade para musica de qualidade, falta de abrir os olhos e olhar ao redor e ver que Londrina não é apenas chapéu, fivela e bota, que tem muita banda de qualidade com suas próprias musicas. É bem mais fácil colocar dois caras cantando qualquer coisa que não vai mudar a nossa vida em nada.
Set: Aqui em Londrina o sertanejo praticamente monopolizou o mercado musical isso atrapalha e MUITO bandas de rock, principalmente independentes como a gente (sic), mas isso não desanima não é só mais um combustível que faz a gente (sic) ter vontade de ir pra luta e passar por cima desse preconceito idiota que eles têm.
Mateus: Alem de fazer Rock ainda tocamos músicas nossas! Muitos e muitos lugares simplesmente nos ignoram, bares e boates estão preocupados com a venda da cerveja e não com o artista, muito menos com o publico que vai até lá! Por isso estamos nós mesmos produzindo nossos shows! Acho que música mexe com a opinião publica e não podemos deixar que o “Agro Brega UniversOTARIO” e as bandas “teletubies” (por exemplo) deixem os pequenos brasileiros cada vez mais burros! ao menos musicalmente falando, rsrsrs.

M.A.P.P. - E quais são os planos futuros da banda?
Montanha: Atingir o maior número de pessoas com nossos protestos, nossas poesias. Queremos e vamos divulgar esse CD de estréia com força total e também nossa agenda de shows. Como todo músico sonha em viver somente de música, conosco não é diferente.
Set: Os planos são crescer cada vez mais, tentar de qualquer forma entrar no mercado, porem sem se vender como muitas bandas fazem hoje, viver de musica é o sonho de todo musico então é mais um desafio difícil pra gente, porem não é impossível e vamos que vamos fazendo e espalhando nosso som.
Mateus: É isso ai! Tentar levar nossa mensagem para o Maximo de pessoas possíveis, levar também adiante a idéia da música livre! Do NÃO ao jabá que prejudica e muito as bandas independentes de tocar no radio ou aparecer na TV! Como os caras disseram queremos sim viver da música! Sabemos que é difícil, mas se fosse fácil qual seria a graça?

M.A.P.P. - Para terminar, o que está rolando no MP3 de vocês hoje?
Set: Agora to ouvindo bastante Primos da Cida, Legião Urbana, Capital Inicial e Guns n Roses.
Mateus:
Muito Foo Fighters, Vera Loca, Fernando Anitelli Trio, Jimi Hendrix e Eric Clapton.
Montanha: No meu mp3 tem Charlie Brown, Foo fighters, Pedro Mariano, John Mayer, Guns, Legiao... acho que é isso...

PASSAGEIROS DO TEMPO


O cenário: a cidade de Londrina, norte do Paraná. Os personagens: 3 guris cansados de tocar em bandinhas de duplas sertanejas da região, apesar da grana que rolava, das viagens e todo o barato da vida na estrada. Mateus Amanai que já havia tocado com Set Jr e com Carlos Montanha em bandas cover e fez a ponte dos dois e asLinksim surgiu a banda Passageiros do Tempo; do tédio das tardes londrinenses, dos sonhos de uma recém saída adolescência e da afinidade musical, além do saco cheio. A reunião dos três rapazes ocorreu em janeiro de 2008 e depois da escolha do nome começaram os ensaios.

Amanai assume as guitarras, baixo, violão, harmônica e o vocal principal, além de ser o principal compositor da banda; Set guitarrista, também faz às vezes com o baixo e o vocal, os mesmos instrumentos de Montanha, que também assume por vezes o violão, sendo esta a formação atual da banda.

A dura realidade de uma banda em início de carreira em uma cidade que só abre espaço para bandas cover e para a música sertaneja não desanimou os três, que chamaram Diego Verme na Bateria e João Bob na percussão para lançar em 2011 o primeiro CD Paz, Poesia & Protesto, com lançamento marcado em show dia 30 de julho na Vila Cultural Cemitério de Automóveis, com valor de entrada a R$ 5,oo, valendo ainda o CD de estréia, às 21 horas.

Para baixar o CD completo, clique aqui, e curta do bom e velho rock and roll feito pelos garotos pé vermelho, direto do Norte do Paraná.

sábado, 21 de maio de 2011

QUEEN - WE ARE THE CHAMPIONS

Queen é afudê! Todos somos batalhadores e vencedores, apesar de continuarmos lutando e pagando com nosso suor a cada amanhecer a nossa sobrevivência. Bela canção e letra.

Momento auto-ajuda, rsrsrs.

Escolhi o clipe ao vivo dessa canção porque tem mais vigor, funciona melhor ao vivo. Aliás, ao vivo todas as bandas parecem funcionar melhor, mesmo que não seja tão boa assim, o que não é o caso do Queen, muito pelo contrário! Pena o Freddy ter morrido tão cedo. Mas melhor assim, pois poderia estar como o Mick Jagger e o Rolling Stones, queimando o filme e o passado sagrado e glorioso. Afinal, Renato Russo já dizia há muito tempo: os bons morrem jovens! Como diria uma velha canção do Who, chamada My Generation, que me marcou muito e que é meu hino, quero morrer antes de ficar velho!





Nós somos campeões

Eu paguei minhas dívidas
Vez por vez
Eu completei minha sentença
Mas não cometi nenhum crime
E erros sérios
Fiz poucos
Eu tive meu pouco de areia
Chutado sobre a minha face
Mas eu sobrevivi

Nós somos os campeões - Meus amigos
E nós continuaremos lutando
Até o fim
Nós somos os campeões
Nós somos os campeões
Não tem vez pra perdedores
Pois nós somos os campeões do mundo

Eu tenho feito minhas reverências
E atendido as chamadas do palco
Vocês me trouxeram fama e fortuna
E tudo que vem com isso
Eu agradeço à todos vocês
Mas isto não tem sido nenhum canteiro de rosas
Nenhuma viagem de prazeres
Eu considero isso um desafio
Diante de toda raça humana
E eu não irei fracassar

Nós somos os campeões - meus amigos
E nós continuaremos lutando
Até o fim
Nós somos os campeões
Nós somos os campeões
Não tem vez pra perdedores
Pois nós somos os campeões do mundo

Nós somos os campeões - meus amigos
E nós continuaremos lutando
Até o fim
Nós somos os campeões
Nós somos os campeões
Não tem vez pra perdedores
Pois nós somos os campeões do mundo