domingo, 3 de fevereiro de 2013

POR QUE A PRESSA?


Sábado cedo estava na academia e enquanto puxava uns ferros, no intervalo de uma série e outra comecei a ler uma crônica do dramaturgo Walcyr Carrasco, na revista Época, sobre a nossa pressa do dia a dia. Escreveu ele que no dia a dia estamos sempre apressados, deu exemplos de quando está na ponte aérea e quando o voo é chamado todos levantam correndo para embarcar, muitas vezes sem se preocupar com mulheres, idosos ou crianças. Realmente, quem não esperou um tempo enorme o embarque e na primeira chamada não levantou apressado para ser o primeiro a embarcar? Confesso que já fiz isso e que não é algo corriqueiro; e na hora de sair a pressa é a mesma... e no trânsito, quem nunca reclamou quando encontra pela frente alguém que anda em uma velocidade menor do que a nossa? Que atire a primeira pedra! Se o sinal abriu e deu alguns segundos de bobeira, já ouviu o carro de trás buzinar ensandecidamente? E por que? Sabe Deus o motivo da pressa nossa de cada dia.

Certa vez, assistindo a um programa de televisão sobre acidentes de moto (não me recordo o tema exatamente), um dos entrevistados, mutilado após o envolvimento em um acidente, comentou com voz amarga, que as pessoas correm como loucas no trânsito (e consequentemente na vida) para chegar em casa e não fazer nada. Criou-se o hábito de correr e não nos questionamos do porquê.

Façamos um exercício matemático simples: se no caminho de casa ou de qualquer outro destino parássemos em todos os sinais, perderíamos quanto tempo? Supomos que em cada sinal fiquemos em torno de 1 minuto, em média (uns mais, outros menos); se o destino que nos separa tem 10 semáforos pelo caminho, perderíamos 10 minutos. Isso se parássemos em todos. Será que 10 minutos mudam a nossa vida?

Semana passada um amigo do Gui, de 14 anos, foi internado na UTI de um hospital aqui em Londrina, após sofrer um acidente na madrugada de sábado para domingo, quando sua mãe o carregava na garupa de uma moto, e segundo consta, avançou o sinal e outra moto bateu em cheio nela; a mãe morreu, o garoto foi hospitalizado em coma. O que será que esperava essa mãe que não podia perder tempo e acabou perdendo a vida?

Já algum tempo venho pensando sobre essa nossa pressa. Vivemos um momento em que as coisas devem acontecer imediatas, como se estivéssemos online, na velocidade de uma “enter” ou de um clic do mouse; se o computador demora alguns segundos a mais para abrir uma página na internet, é lerdo ou não presta (às vezes a conexão da internet); já assistiu a algum vídeo clipe? A velocidade das imagens é tão grande que não permite que nossa atenção seja desviada, às vezes dá até mal estar...

A velocidade da vida online é transportada para o nosso dia a dia; a mesma velocidade que recebemos as informações devem ser repassada. E assim seguimos a vida: sem paciência, ansiosos, estressados.

Em setembro de 2011 estive na belíssima cidade de Gramado, na serra gaúcha; uma das cidades mais belas que conheço (Florianópolis e Nova Petrópolis – uma cidadezinha também na serra gaúcha, uns 70 km de Gramado, estão no meu top 5 de cidades mais bonitas que conheço). Gramado tem pouco mais de 33 mil habitantes e um ritmo de vida tranquilo. Seus moradores parecem não ter pressa. Me senti em outro mundo. Todas as vezes que queria atravessar alguma rua os motoristas paravam para eu passar. Trouxe isso como lição para minha rotina. Quando me pego ansioso e apressado, me questiono e procuro me policiar, evitar passar no sinal amarelo e ter um pouco mais de paciência e aproveitar a paisagem ao meu redor. Isso tem me feito bem.

De qualquer forma, dizer que temos mais pressa hoje porque seguimos o ritmo da vida online é simplório demais. É necessário levantar hipóteses e confirma-las (ou não) através de uma pesquisa adequadamente realizada. Enquanto isso, que tal aproveitarmos mais o mundo que nos cerca e perceber o quão belo e poético são nossas ruas e construções e a natureza que (ainda) nos cerca (ou que cercamos)?

P.S.: ontem à noite, depois de rascunhar esse post, tive a notícia de que o guri hospitalizado havia morrido. Triste final de sábado.

domingo, 13 de janeiro de 2013

RAMONES


Se o ano de 2012 a banda que mais curti foi Julian Casablancas e sua trupe, The Strokes, 2013 começou com Ramones; e se Ramones é a minha mania em 2013, a música do verão é Life's a Gas. Todos os dias deste novo ano tenho escutado alguma coisa da banda. E hoje baixei os dois discos do Joey; Joey Ramone é o vocalista e um dos fundadores da banda, que terminou em 1996. Joey morreu em abril de 2001, depois de lutar por anos contra um câncer linfático. Aliás, seus dois discos póstumos, um de 2002, que estou escutando neste momento enquanto escrevo este post, chamado Don't Worry About Me e outro lançado em 2012, Ya Know. São dois discos que seguem a máxima de uma das maiores bandas de todos os tempos, que mudaram a história do rock no mundo: músicas rápidas e com arranjos simples. Pudera, ele era a alma da banda.

Life's a Gas faz parte do último disco dos Ramones, Adios Amigos!, de 1995, depois de terem gravado discos ao longo de 3 décadas, 22 anos de estrada e de alcançarem o topo do mundo com suas canções maravilhosas. Eles vendiam poucos discos, mas o sucesso vinha através da virilidade de seus shows. 

A primeira vez que escutei Ramones, na adolescência, foi através do Rocket to Rússia, quando meu irmão Beto trouxe esse disco para casa. O Beto é responsável pela entrada dos discos mais rockers da minha vida, de Led Zeppelin a Sex Pistols. Isso por volta de 1985. Eram canções rápidas, de 3 acordes e muita força. Até então, achávamos que os Pistols eram os criadores do Punk Rock. Mas se estes tornaram o Punk Rock mundial, Ramones participaram do movimento em Nova York que criou esse estilo de música, no início dos anos 70. Se não fossem os Ramones, os Pistols não teriam existido.   

Depois do Rocket to Rússia, veio o Ramonesmania, uma coletânea com as canções da banda, que o Branco comprou. Naquela época ele era o único do nosso bando que tinha vídeo cassete. E foi na casa dele que assistimos Rock N' Roll High School. Em seguida veio Brain Drain, com a canção que talvez a maioria tenha conhecido a banda e a mais pop de todas na minha opinião: Pet Sematary

Ramones foi a primeira unanimidade do rock que vi. Todos curtiam a banda, fossem os metaleiros, punks ou carecas e até mesmo alguns boyzinhos chegavam a colocar a fita em seus rádios de carro. Em suma, quem curtia rock, curtia a banda. E nos anos 80 havia uma rixa muito grande entre esses bandos; caso se encontrassem em algum lugar comum, era briga na certa. 

Sobre essa impossibilidade de conviver com as diferenças entre as tribos, tenho uma pequena história. Certa vez, saindo de uma passeata de 7 de setembro, tinha uns 16 anos, mais ou menos, terminada nossa participação, quando digo nossa, me refiro à galera da BS, Baixada Santista, voltamos à Praça da República  em São Paulo, de onde partiu a passeata protestando. Estávamos eu, o Zé Renato e o Ronaldo. Nos perdemos do restante da galera. Sentamos em um banco e ficamos esperando. Dali a pouco chegaram três caras, extremamente fortes, bombadões e carecas. Sabíamos que estávamos em perigo. Nos segundos seguintes ocorreu o seguinte diálogo:

- De onde vocês são?
- Santos - respondi nervoso.

Vale lembrar que éramos três guris nos seus 15, 16 anos, magrelos e fracotes, que mal sabíamos brigar. 

Um dos carecas questionou:

- Cidade ou subúrbio?

Essa pergunta tinha um por quê. Os punks da city eram inimigos dos carecas, que se intitulavam carecas do subúrbio. Os punks do subúrbio eram "amigos"; na realidade essa diferença se dava porque os punks da city eram os punks de butique, ou seja, filhinhos de papai que se vestiam como os punks, criando um modismo. 

Titubeamos para responder. Enfim o Zé Renato respondeu:

- Cidade.

A resposta tem coerência. Em Santos não tem um subúrbio específico. Por isso pensamos que era a resposta mais adequada.

Não deu tempo para muita coisa; o reflexo é que contou muito naquele momento.

- Aqui é o seguinte, careca do subúrbio!

Dito isso, partiram para cima de nós. Como eu estava de pé desde o começo da conversa, desviei com facilidade das investidas dos carecas; Zé Renato foi ágil e o chute que tinha o seu rosto como alvo certo, pegou de raspão, mas seus óculos voaram para algum canto da praça; na sequência se levantou e corremos, como reflexo. O Ronaldo, só para variar, o mais azarado de todos, levou um chute de coturno que pegou em cheio na sua boca. Quando percebemos que não estava conosco, voltamos correndo, encontramos ele no caminho e corremos novamente. 

Essa brincadeira acabou com vários pontos na boca do Ronaldo e uma fuga do Hospital das Clínicas de São Paulo porque o Ronaldo não tinha documentos e era menor de idade. E para evitar ficarmos no juizado de menores, pois viajávamos sem autorização, saímos fugidos de lá.   

Dias depois encontramos os mesmos carecas na rodoviária de Santos e os mesmos disseram que se a resposta fosse subúrbio, nós não teríamos apanhado. Tipo: resposta errada! Péim!

Mas voltando ao assunto principal, o fato dos Ramones serem punks e terem cabelos longos me intrigava. Cabeludos eram metaleiros, os punks ou usavam cabelo curto ou moicanos escandalosos; já os carecas, bem, estes recebiam tal alcunha pelo corte de cabelo raspado. Outro fato que parecia um paradoxo é que os Ramones começaram a fazer músicas próprias porque não conseguiam tocar as canções das suas bandas prediletas, como os Beatles, por exemplo; entretanto, em todos os seus discos aparecem covers. 

Não tive oportunidade de assistir ao Ramones ao vivo. Mas isso eu guardo para assistir no céu, quando os encontrar algum dia no futuro. Mas quem assistiu ao show da banda diz que é como estar no paraíso do rock, tão prazeroso quanto um orgasmo, tão afu quanto ver o teu time ser campeão... e tudo ao mesmo tempo! Indescritível, foi o que me disse o Dentinho, de Santos, depois de ter assistido a uma das apresentações que eles fizeram nos anos 90 em São Paulo. Mas agora, sentir essa sensação, somente em outro plano. Um dia terei esse prazer, com certeza!

sábado, 12 de janeiro de 2013

CAMISA DE VÊNUS - LENA

Lena, um clássico do Camisa de Vênus, o Camisinha, Marselhesa e Cia em boa forma! Bons e velhos tempos! 


LENA

Lena como foi que aconteceu
Tanto tempo já passou
Você foi dar um mergulho
E por pouco não se afogou
Lena você ainda se impressiona
Com carros sem capota
Com discos de Bob Dylan
E madames com cara de idiotas
Lena onde estão aquelas fotos
Com você pousando nua
E que livravam a minha cara
Quando você estava na rua

Lena veja o que o tempo faz
Com as pessoas que não querem
Perder o gás


De sair na sexta à noite
Você logo ficava afim
E eu ficava com a impressão
Que essa cidade estava contra mim
Em Nova Yorque foi ao Vilage
Pegou um táxi, down, down
Apertou a mão de Lian Hunter
Hei isso aqui não é nada mal
Já voamos a favor do vento
Nadamos contra correnteza
Mas nada foi suficiente
Isso nós já temos certeza

Lena veja o que o tempo faz
Com as pessoas que não querem
Perder o gás

Lena como foi que isso aconteceu
Tanto tempo já passou
Você foi dar um mergulho
E por pouco não se afogou
Lena você ainda se impressiona
Com aqueles carros antigos vermelhos sem capota
Com discos de Janis Joplin
E madames com cara de idiotas
Lena onde estão aquelas fotos
Com você nua
E que livravam a minha cara
Quando você estava na rua

Lena veja o que o tempo faz
Com as pessoas que não querem
Perder o gás

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

THE SMITHS - PLEASE PLEASE PLEASE LETE ME GET WHAT I WANT

Este era para ser o último post do ano, com uma canção da melhor banda de todos os tempos; porém, a correria do último dia do ano não permitiu e não possibilitou tal ato. Portanto, fica não só marcado como o final de 2012, mas também o início desse ano. E que todos tenhamos um ano de realizações e muitas alegrias, embora isso seja um enorme clichê; mas é sincero!
 



 POR FAVOR, ME DEIXE TER O QUE QUERO
 
Bons tempos para uma mudança
Veja, a sorte que eu tive
pode fazer um bom homem
se tornar mau
Então por favor, por favor, por favor,
Me deixe, me deixe, me deixe
Me deixe ter o que eu quero
Dessa vez
Não tenho tido sonhos há um bom tempo
Veja, a vida que eu tive
Pode fazer um bom homem mau
Então pelo menos uma vez na minha vida
Me deixe ter o que eu quero
o Senhor sabe, seria a primeira vez
o Senhor sabe, seria a primeira vez

sábado, 29 de dezembro de 2012

MORRISSEY - HAIRDRESSER ON FIRE

De volta à Londrina, depois de uma breve viagem de alguns dias à Ilha da Magia, Florianópolis, fui caminhar nas margens do Lago Igapó (já que não tenho a bela vista da Beira Mar Norte para correr, o que fiz nesses dias por lá), debaixo de uma forte e deliciosa chuva. Estava escutando algumas canções do Morrissey, mas não esta exatamente e nem foi a que me inspirou a escrever o post anterior. Mas ao mesmo tempo me deu um grande desejo de escutar a canção (belíssima) que compartilho com vocês.




Aqui está Londres, insanidade de Londres
Este é o lar da liberdade -
Ou o quê?
Você poderia me espremer
Em uma página vazia da sua agenda
E me salvar psicologicamente?
Eu tenho minha fé em você
Sinto o poder
por entre seus dedos
Dentro de uma hora o poder
Poderia me destruir totalmente
(ou poderia salvar minha vida)
Ah, aqui está Londres
"Lar dos impertinentes, ultrajantes e livres"
Você é reprimido,
Mas está notavelmente bem-vestido
Isso é Real?
E você está sempre ocupado
Realmente ocupado
Ocupado, ocupado
Ah, cabeleireiro pegando fogo
Por toda a Sloane Square
E você está apenas tão ocupado
Ocupado, ocupado
Tesouras ocupadas
Ah, cabeleireiro pegando fogo

Havia um cliente supercuidadoso
Ele te deixou nervoso
E quando ele te disse
"Eu vou te processar"
Ah, eu realmente senti por você
Então, dá para você me espremer
Em uma página vazia da sua agenda
E me mudar de maneira sobrenatural?
Mudar, me mudar
Ah, está em Londres
"Lar dos impertinentes, ultrajantes e livres"
Você é reprimido
Mas está notavelmente bem-vestido
Isso é Real?
E você está sempre ocupado
Realmente ocupado
Máquinas ocupadas
Ah, cabeleireiro pegando fogo
Por toda a Sloane Square
E você está ocupado demais
Para me ver
Máquinas ocupadas
Ah, cabeleireiro pegando fogo

TODAS AS VEZES QUE OUÇO ESSA CANÇÃO





Todas as vezes que ouço essa canção

lembro dos dias que passamos juntos
ensolarados como o céu azul, como se um reflexo
dos teus olhos fosse,
ou dos sete mares e sua coloração verde/ azulada,
ao menos dos que ainda não foram
poluídos pela ação do "progresso" do homem
em busca de luxo em sua existência,
(deve ser esse o reflexo que fazem os astronautas
perceberem a Terra azul, principalmente pelo azul dos teus olhos,
os mais lindos que já pude ver na minha vida)
ou dos dias cinzentos e muitas vezes chuvosos,
não menos felizes,
mesmo quando a distância dos olhos
impedissem de ver o teu sorriso.

Todas as vezes que ouço essa canção
esqueço das mazelas humanas, em busca
de um pseudo progresso que não leva a nada,
apenas à própria destruição
num aguçado instinto de morte
que deixaria Freud estupefato, talvez alegre
(pensando em sua genialidade no início do século passado,
sorrindo onde quer que esteja);
 
Deixo que os dias passem, só com as lembranças
que a frieza de uma dia após outro
de semanas após semanas e meses
deixam guardadas em algum lugar a esmo nessa azáfama
que se tornou meu cérebro.
E só penso:
esqueça seus planos, siga os rumos que a vida te leva.

E todas as vezes que ouço essa canção,
tudo vem à tona!


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

IT'S ONLY ROCK AND ROLL BRAZUKA AFUDÊ


Engraçado as voltas que a vida dá. Sempre procurei escutar o som que me desse na telha, sem influências. Lembro nos anos 80, quando tudo era muito mais difícil, para conseguir um disco raro... quase impossível e demorava um tempão. Até que aparecia um maluco que tinha determinado disco e disponibilizava para a galera gravar em k7. Hoje, como todos sabem, basta um pc ligado à internet e o céu (não) é o limite!

Pois bem, o Gui e o Victor têm me influenciado pacas. Depois de tanta influência recebida, desde pequeno escutando os clássicos do rock e tudo o que já fizeram de bom nesse segmento da música, agora é a vez deles me influenciarem. Não por coisas novas, das quais muitas vezes me vejo arredio, embora goste muito de garimpar bandas novas. Mas acontece que o Gui se viciou em Raulzito. E fica o dia inteiro escutando no pc. Daí vou para o quarto do Victor e ele se deliciando com Mutantes. Muitas vezes tocando violão, tirando alguma canção da banda. O Gui com uma gaita, tocando qualquer coisa.


E daí o que eu fiz? Baixei a discografia completa do Raul; uma infinidade de discos de canções do Maluco Beleza. Vou levar alguns meses, talvez anos, para escutar tudo. E hoje, resolvi baixar a discografia dos Mutantes. Já tinha algumas canções aqui no pc, mas decidi conhecer mais a fundo essa que é praticamente o berço do rock nacional brazuka. 

Na adolescência torcia o nariz para o rock nacional, preferia tudo que vinha da terra da rainha Elizabeth. Isso porque, em se tratando de rock, a Inglaterra é praticamente o berço desse estilo de música. Os EUA têm uma porrada de coisa boa, mas nos anos 80 me prendi mesmo no rock inglês, totalmente influenciado pelos 60's. Apesar de escutar Doors, Ramones, Elvis, dentre outros, minha preferência sempre foi o rock inglês. Por isso nunca prestei muita atenção a Mutantes ou mesmo ao Raul, que é bem mais popular do que a banda da Rita Lee e os irmãos Baptista.

Agora resolvi revisitar tanto Raul quanto Mutantes. E por influência desses dois aqui em casa. Parece incrível, com tanta coisa boa para escutarmos, tanto contemporâneo quanto antigo, porque será que as pessoas preferem jogar merda em seus ouvidos? Só de Raulzito e Mutantes, dá para levar um ano escutando música de qualidade e não se esgota... e eles influenciaram todas as gerações posteriores, de alguma forma. E muitas canções dos Mutantes, por exemplo, já foram regravadas por inúmeros artistas, tem gente que já curtiu Mutantes aos montes e não sabe. Santa ignorância Batman!